Horizonte de Investimento
O que é horizonte de investimento?
Horizonte de investimento é o termo utilizado para designar o prazo que o investidor pretende manter seu capital aportado em determinada aplicação financeira - como títulos públicos e ações.
É imprescindível que o objetivo de investimento seja compatível com o prazo estabelecido, para que a meta desejada não se torne, planejadamente, inviável.
Por exemplo, se um(a) investidor(a) pretende adquirir um imóvel no próximo ano, mas o vencimento de um título comprado é em 5 anos já há um grande impeditivo em seus planos. Para piorar, é justamente os rendimentos dessa aplicação que permitirão a ele(a) atingir o valor total do imóvel. Baita problemão, certo?
Por esta razão, faz-se necessário uma boa escolha entre curto, médio e longo prazo de investimentos, de acordo com o objetivo pessoal de cada um e com o horizonte mais adequado a ele.
O que determina cada prazo do horizonte de investimento?
Curto Prazo
Serve para aplicações realizadas no período entre 6 meses e 2 anos, como títulos a vencerem dentro deste espaço de tempo, ou seja, de rápido retorno.
São opções de investimento desse tipo: CDB (Certificado de Depósito Bancário) com liquidez diária, LCA (Letra de Crédito de Agronegócio), Tesouro Selic e LCI (Letra de Crédito Imobiliário).
Médio Prazo
Serve para aplicações realizadas no período entre 2 e 5 anos, como a compra de um automóvel, onde o objetivo corresponde ao tempo de emprego do capital.
São opções de investimento desse tipo: RDB (Recibo de Depósito Bancário), Fundos de Investimentos e LC (Letra de Câmbio) - como LCA e LCI.
Longo Prazo
Serve para aplicações realizadas em períodos superiores a 5 anos, como a compra de um imóvel, ou seja, visando totalmente o futuro.
Algumas opções de investimento com esse horizonte: Bolsa de Valores (especialmente em estratégias como o Buy&Hold), CBDs, Fundos de Investimentos e títulos públicos.
Como você pode notar, algumas aplicações aparecem em mais de uma categoria. Isso porque o que determina o horizonte é o prazo fixado entre o emitente e o comprador do título ou mesmo o estipulado pelo investidor. Um CDB, por exemplo, pode vencer em 2 anos ou em 10 anos, dependendo do acordo de empréstimo firmado.
Quais são os possíveis riscos de cada perfil?
Curto prazo
O risco está justamente na rentabilidade. Buscando ganhar mais dinheiro rapidamente o investidor pode assumir um risco maior e se frustrar com prejuízos. Além disso, como o fator tempo não age tanto aqui, os lucros podem ser menores.
Médio prazo
Pode parecer o período de mais equilíbrio, certo? Errado. Isso porque se o objetivo é de curto prazo, o investidor pode não ter aquele dinheiro disponível quando preciso. Se é de longo prazo, por sua vez, ele pode deixar de investir em opções de longo prazo melhores, onde o tempo multiplicará de forma mais latente o seu capital.
Longo prazo
Já pensou querer viajar daqui 3 anos, mas ter o dinheiro "preso" até 2035? Pois é, isso também pode acontecer. Além disso, é possível que outras opções mais rentáveis de investimentos surjam no mercado, sem que você possa aproveitá-las.
Horizonte de investimento versus liquidez
A correlação entre os dois fatores pode determinar o sucesso – ou o fracasso – do seu investimento.
A liquidez refere-se à velocidade com que o investidor pode se desfazer de sua aplicação para, finalmente, transformá-la em capital líquido. A falta de atenção nesse aspecto pode causar muito transtorno ao final do prazo estabelecido.
Por exemplo, se o investidor pretende fazer uma cirurgia plástica daqui um ano, é necessário que ele realize uma escolha compatível com o tempo em que o dinheiro for investido, bem como seu prazo para resgate.
Caso a aplicação tenha sido feita por meio de títulos do Tesouro Direto com horizonte de dois anos, o investidor não conseguirá resgatar seu dinheiro, sem contar que poderá até perder parte da aplicação dependendo do valor.
Então, relacionar ambos os fatores acaba sendo importante para que não haja nenhum tipo de impacto negativo no investimento e realização da meta proposta.