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High Yield

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:27/02/2019 às 06:09 - Atualizado 6 anos atrás
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O que significa High Yield?

High yield é o termo que identifica os títulos de renda fixa de alto retorno.

Essa classificação tem por finalidade indicar um papel com baixa qualidade de crédito e, portanto, sujeito a uma maior probabilidade de calote, seja de pagamento de juros, do principal ou até mesmo de ambos.

Investimentos dessa natureza são mais arriscados que os papéis de governos e companhias mais sólidas, sendo usados como meio de captação de recursos por empresas cujas tecnologias ainda são nascentes ou por instituições de setores mais consolidados, mas que apresentam altos níveis de endividamento.

Qualquer pessoa pode investir em um título de High Yield?

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que toda oferta apresente, de forma bastante clara, a relação de riscos de um determinado investimento.

Assim, o investidor pode tomar uma decisão mais bem fundamentada.

Porém, nada impede que ele invista por meio de fundos da categoria renda fixa crédito privado, por exemplo, veículos que contam com gestores e analistas para selecionar os papéis. Adotando essa estratégia, uma pessoa comum pode aplicar em títulos com vários graus de risco.

Qual a importância das agências de rating?

As agências de rating usam uma metodologia própria de análise de crédito que norteia as decisões de gestores de fundos em todo o mundo (fundos de pensão e de investimentos).

O regulamento desses fundos determina o rating dos papéis que podem ser adquiridos.

Quem são e quais as notas atribuídas pelas agências de rating?

O mercado é dominado por 3 grandes empresas norte-americanas:

  • Standard and Poor’s;
  • Moody’s;
  • Fitch.

Que usam as seguintes notas:

Quanto maior a nota, melhores as condições de uma empresa honrar as suas dívidas e, portanto, menor a rentabilidade a ser oferecida aos investidores.

Em que ocasiões empresas e governos conseguem emitir títulos High Yield?

Quando existe muita liquidez no mercado, tal como ocorreu a partir de 2008, os agentes financeiros ficam mais propensos a incluir um grau adicional de risco nas suas carteiras.

Isso se deve ao fato de que, nesse ambiente, os títulos de melhor rating se valorizam bastante, fazendo com que fiquem “caros”. Banqueiros de investimento então colocam na fila de emissões papéis de empresas cujas características podem interessar aos investidores.

Isso traz benefícios para as companhias que estão acessando o mercado de capitais pela primeira vez, dado que captam em condições mais favoráveis, oferecendo juros menores do que em situações normais de mercado.

Dessa forma, o spread (diferença de juros) entre os papéis high yield e os de primeira linha se reduz. Como consequência, esses títulos conseguem liquidez mesmo diante de emissões menores.

Por outro lado, nos momentos de crise, os papéis de mais alto risco são liquidados rapidamente dado que os investidores preferem a segurança dos papéis mais sólidos para enfrentar as turbulências.

Quais as vantagens de se investir em um título High Yield?

A principal vantagem é que um título de alto retorno não possui correlação com os papéis de grau de investimento. Isso quer dizer que ele funciona como um instrumento de diversificação.

Em segundo lugar, pode-se citar a rentabilidade maior. Por mais que os investidores busquem remunerar da melhor forma possível os seus recursos, o retorno total dos papéis de alto rendimento (juros e ganho de capital) depende das condições gerais da economia.

Se mantidos em carteira, oferecem um excelente ganho quando a economia volta a crescer.

Por fim, esses investimentos possuem um retorno similar ao mercado de ações, sofrendo menos volatilidade e correndo menos riscos que a posse direta de uma ação. Nos casos de falência, os detentores de papéis de renda fixa possuem preferência no recebimento dos valores investidos.

Quais as desvantagens de se investir em um título High Yield?

A principal desvantagem se dá por conta dos riscos desses títulos. Afinal, eles não contam com proteções como o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e nem do

Tesouro Nacional, como ocorre com os títulos públicos.

Portanto, caso um investidor invista em um título de uma empresa que dê calote, os prejuízos podem ser consideráveis, perdendo até mesmo todo o dinheiro investido.

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