Guilherme Benchimol
Quem é Guilherme Benchimol?
Guilherme Benchimol é um brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, em 1977. Formado em Economia pela UFRJ, é o fundador e CEO do Grupo XP (XP Inc.).
Início da carreira
Guilherme Benchimol começou sua carreira aos 18 anos. Na época, foi contratado como estagiário em uma corretora de valores e antes de fundar a XP, passou ainda por mais duas outras. A segunda delas foi a Investshop, onde ele trabalhava convencendo outras corretoras a adotar a plataforma da empresa para operar.
Em 2001, o setor em que Benchimol trabalhava foi extinto, devido à crise do estouro da bolha da internet. Ele acabou demitido e, segundo seus próprios relatos, encarou a situação como um "fracasso pessoal" e se questionou "se era mesmo bom naquilo".
Então, Benchimol foi chamado por uma das corretoras que estava no projeto da Investshop: a Diferencial, de Porto Alegre. Lá, ele conheceu Marcelo Maisonnave, que viria a se tornar seu sócio.
Benchimol tinha o objetivo de ter controle da sua vida profissional. Ele percebeu que a maioria das pessoas não sabia investir em renda variável ou não sentia segurança para começar. Então, chamou Maisonnave para montar um escritório de agentes autônomos.
Com R$ 10 mil que tinha guardado, Benchimol comprou alguns computadores usados e, em um espaço de 25m², começou a empreender.
Criação e crescimento da XP Investimentos
A criação da marca XP aconteceu em meia hora, com inspiração no termo XPTO, que representa algo "genérico", sem nome. O primeiro ano da empresa foi difícil, com um faturamento médio de R$ 1.000,00 por mês. Guilherme Benchimol precisou vender o carro e Maisonnave, seu sócio, morava com os pais.
Os sócios começaram a fazer palestras sobre o mercado de ações no playground do prédio onde a empresa operava, gratuitamente. Conforme esses eventos começaram a receber mais interessados, perceberam que seria possível ganhar com eles, e começaram a cobrar R$ 300,00 por aluno.
Benchimol destaca esse como o momento da primeira virada. Por isso, a XP começou como uma empresa educacional.
Em 2005, criaram o braço XP Gestão de Recursos. Começaram como um clube de investimentos, com R$ 3 mil: R$ 1 mil de Benchimol, R$ 1 mil de Maisonnave e R$ 1 mil do pai de Benchimol.
Cresceram tanto, que foi possível comprar a Americainvest CCTVM Ltda, transação paga com 5% das ações da XP. Em 2013, apenas 8 anos depois, o clube que tinha se tornado um fundo de investimento, já fazia a gestão de R$ 3 bilhões.
Segundo Benchimol, a fase mais angustiante foi em 2009, quando a XP estava passando pela transição de corretora a plataforma de investimentos. Ele tentava cuidar de todos os aspectos, e não tinha um mentor. Na época, trabalhava 16 horas por dia, até mesmo nos finais e semana.
Com esse desafio, aprendeu que o empreendedor deve estar constantemente buscando se reinventar. Sua reinvenção envolveu construir uma cultura organizacional capaz de apoiar os próximos passos do crescimento da empresa.
Venda da XP
Em 2017, Guilherme Benchimol fechou a venda da XP Investimentos para o Itaú Unibanco, que pagou R$ 5,3 bilhões aos acionistas e injetou mais R$ 600 milhões na empresa.
Com a venda, surgiram também conversas sobre a possibilidade de Benchimol entrar na lista de possíveis sucessores ao cargo de CEO do Itaú Unibanco, depois que Candido Bracher sair, o que deve acontecer em 2020 por força do estatuto do banco.
Depois da venda, outras importantes notícias cercaram Benchimol e a XP. Uma delas foi a autorização do BACEN para a empresa operar como banco múltiplo. A outra foi o IPO da empresa, feito nos EUA, considerado o 9° maior do mundo em 2019, captou US$ 2,25 bilhões na bolsa americana (Nasdaq).
O IPO se refere ao momento de abertura de capital de uma empresa na Bolsa de Valores.
É um período importantíssimo no universo dos investimentos, sejam eles de longo, médio ou curto prazo (ou, ainda, de curtíssimo prazo, como é o caso da flipagem).
Por esse motivo, é imprescindível que o seu funcionamento seja dominado por todo investidor dedicado a enriquecer no mercado de ações.