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Grupamento

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:29/01/2019 às 14:24 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é Grupamento?

O grupamento de ações tem por objetivo aumentar o valor da ação, através do grupamento das mesmas.

Em outras palavras, a empresa faz o grupamento de suas ações com o intuito de aumentar o preço de suas ações, para que elas sejam mais negociadas e ganhem mais liquidez e menor volatilidade.

Esse procedimento já ocorreu diversas vezes na bolsa de valores, tanto aqui no Brasil quanto no exterior. É um procedimento que acontece com certa frequência.

Existe uma tendência natural de empresas de menor valor (penny stocks) realizarem o grupamento.

Com funciona o grupamento?

Quando uma empresa possui o valor de sua ação muito baixo, é natural que haja a vontade de agrupar suas ações para aumentar o valor da sua ação.

Desse modo, a percepção do mercado e dos investidores em relação àquela empresa pode mudar. Tecnicamente, é natural dar prioridade a ações que possuam valor maior do que aquelas que são negociadas por valores abaixo dos R$ 5,00, ou até menos.

Além do motivo relacionado à percepção, contar com uma ação de valor maior também é melhor para a empresa. De modo que cada ação da empresa representa uma fatia maior de seu patrimônio.

Vamos supor que a empresa XYZ possui um valor por ação de R$ 1,00. Esse valor é muito baixo.

Tão baixo que não poderia nem fazer parte do Ibovespa.

Observando o seu pequeno valor por ação, a empresa resolve fazer grupamento de suas ações. Ao invés de contar com ações de R$ 1,00, a mesma resolve juntar 10 ações em uma única ação.

Desse modo, os investidores que compraram lotes de 100 ações por R$ 100,00, vão permanecer com R$ 100,00 em ações da XYZ. Porém, depois do grupamento, ao invés de contar com 100 ações da empresa, agora terão apenas 10 (cada uma ao preço de R$ 10,00).

Vale destacar que a iniciativa de fazer o grupamento das ações não é aprovada de uma hora para outra. Existe assembleia junto aos acionistas.

A pauta de fazer o grupamento é levantada e os acionistas podem votar.

Após toda a burocracia necessária, a empresa pode então efetivar o grupamento sem gerar prejuízos aos investidores.

Outro ponto interessante sobre o grupamento é a redução da volatilidade do ativo.

Afinal, em ações com preço muito baixo, qualquer centavo de oscilação de preço representam um grande percentual de volatilidade.

Para simplificar, imagine o seguinte exemplo: se uma ação negociada por 10 centavos desvalorizar 1 centavo em um dia, isso representa uma perda de 10%. Agora, se essa ação fosse negociada por R$ 1,00, então a desvalorização de 1 centavo representaria uma perda de apenas 1%.

Efeitos do grupamento

Um dos primeiros efeitos do grupamento está relacionado ao aumento do valor patrimonial por ação e o seu preço negociado no mercado.

A partir desse aumento, existe uma pretensão por parte da empresa de que a volatilidade das ações também possa cair. Porém, é fato que os fundamentos da empresa não deixaram de ser piores ou melhores apenas pelo grupamento da mesma.

Ou seja, a probabilidade de a ação continuar caindo ainda é grande.

Querendo ou não, o grupamento só serve mesmo para “juntar” as ações da empresa, de forma igual e proporcional, reduzindo a quantidade de ações no mercado.

O grupamento é bom ou ruim?

O grupamento não traz resultados relacionados a benefícios ou “problemas” a empresa que faz tal procedimento.

Com exceção de uma possível redução da volatilidade das ações, é mais uma questão organizacional do que qualquer outra coisa.

Veja a seguir uma lista com 3 exemplos de empresas em nossa bolsa de valores que já passaram por grupamentos:

  • RSID3
  • GFSA3
  • TESA3
Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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