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Fundo Exclusivo

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:09/12/2019 às 10:22 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é um fundo exclusivo?

Você provavelmente já conhece os fundos de investimento, certo? Mas e o fundo exclusivo? Como o próprio nome já sugere, ele é um tipo de fundo que oferece exclusividade aos seus investidores.

Ou seja, é uma formação criada e pensada para apenas um grupo muito pequeno de investidores dentro do mercado financeiro. Em muitas vezes, o fundo exclusivo pode ser destinado até mesmo para apenas uma pessoa.

É claro que, para ter toda essa personalização, o público-alvo está em investidores com alto poder aquisitivo — os famosos milionários. No entanto, podem ser estendidos para um público levemente maior, sempre com baixa quantidade de cotistas.

Como funciona o fundo exclusivo?

O fundo exclusivo tem o mesmo conceito e funcionamento de outro tipo de fundo de investimentos, com a diferença da sua personalização e da limitação de pessoas envolvidas.

Assim, o primeiro passo para solicitar a sua criação é possuir de uma alta quantia de capital (geralmente acima de R$ 10 milhões). Na sequência, deve-se buscar os profissionais (administrador, gestor de recursos, etc.) que trabalharão no fundo.

Antes de começar a funcionar para o investidor, há ainda a necessidade de registrá-lo devidamente na CVM e na ANBIMA. Vale lembrar que o mercado financeiro apresenta fiscalização rigorosa por parte das entidades reguladoras.

Assim que tudo estiver aprovado, o fundo exclusivo passa a funcionar da mesma forma que em outros formatos, mas apresentando alguns benefícios que veremos na sequência.

Qual é a função de um fundo exclusivo?

A principal razão pela qual os fundos exclusivos existem é oferecer aos clientes uma personalização dos seus investimentos.

Como não há interferência no trabalho do gestor em fundos de investimentos tradicionais, muitos investidores acabam ficando limitados ao usar essa modalidade de ativo financeiro. Desta forma, quem tem muito patrimônio pode ficar incomodado com algumas tomadas de decisão.

É aqui que entra o fundo exclusivo: uma possibilidade de oferecer esse mesmo tipo de serviço de gestão do capital, mas de uma maneira altamente personalizada e de acordo com os objetivos do próprio investidor.

Essa é a forma que donos de grandes fortunas têm para montar uma carteira usando fundos de investimentos, mas com regras sobre gestão de risco e dos ativos em carteira convergindo com seus interesses pessoais.

Quais são as vantagens de investir em um fundo exclusivo?

Como você já sabe, ter um fundo exclusivo é para poucos. Não basta se interessar em participar de um, mas sim a disponibilidade de capital necessária para esse tipo de benefício.

Na prática, como já vimos, a principal vantagem desse formato de investimento é a possibilidade de personalizar uma carteira. Os ativos são selecionados pensando nos interesses do investidor ou no pequeno grupo de investidores (eles precisam ter uma mentalidade em comum).

Além disso, esse é um mecanismo que pode funcionar bem como blindagem patrimonial, evitando que o dinheiro esteja disponível para cumprir obrigações empresariais. Isso acontece porque o fundo exclusivo tem CNPJ próprio e, a partir do momento da alocação do capital, ele acaba desvinculado da pessoa física.

Por fim, existem ainda vantagens tributárias. O imposto é aplicado apenas em resgates, permitindo livre movimentação do capital em ativos que estejam dentro do próprio fundo exclusivo.

Se o fundo exclusivo ainda for criado no formato de fundo fechado, então ele ainda conta com a vantagem de ser isento da cobrança do come-cotas.

E quais as desvantagens de investir em um fundo exclusivo?

Toda personalização de um fundo exclusivo tem um preço bem definido: o alto custo. Essa é uma situação normal no capitalismo. Quanto mais personalizado um produto ou serviço, mais caro ele tende a custar. Não é diferente no mercado financeiro.

O principal problema são as taxas e contratações (como um auditor, por exemplo). Pela criação do fundo exclusivo, o investidor precisa lidar com essas questões. Portanto, é necessário realmente uma grande quantidade de capital disponível.

Além disso, há um outro risco que está relacionado à tributação de ativos que tenham isenção enquanto pessoa física.

Lembra-se de que comentamos que o fundo exclusivo tem CNPJ? Então, por funcionarem como pessoa jurídica, investimentos como LCI, LCA ou rendimentos de aluguéis de fundos imobiliários perdem o benefício de isenção de impostos nesse caso.

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