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Efeito de Ambiguidade

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:01/10/2019 às 21:03 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é o Efeito de Ambiguidade?

É chamado de efeito de ambiguidade  a tendência humana de, diante de duas ou mais opções, optar sempre por aquela que apresenta informações de forma mais simples e clara.

Não necessariamente essas informações são as mais corretas ou favoráveis a quem escolhe e é justamente por isso que o efeito de ambiguidade é tido como um viés cognitivo.

Viés cognitivo é o nome dado a distorções no julgamento de uma pessoa, que se origina na interpretação equivocada da realidade à sua volta. É como um daltônico que vê uma maçã verde como vermelha e toma as suas decisões de compra no horti-fruti baseado nesse dado errado (de que é a mesma coisa).

O viés, no entanto, não tem origem em disfunções físicas (doenças e afins), mas no processamento lógico do seu cérebro. A depender do tipo de erro de raciocínio cometido, há uma categoria específica de viés para definir o fenômeno.

Quando prestamos atenção em elementos baseados nas nossas emoções (mas juramos que estamos sendo 100% racionais), se trata de viés atencional. Quando gastamos mais recursos pela resistência em abandonar um projeto onde já aplicamos esforços anteriormente, se trata de viés de custo afundado e por aí vai… Entende?

Quando tratamos do efeito de ambiguidade, o principal problema, como dissemos, não é comprar uma maçã mais ou menos ácida, mas optar por uma alternativa apenas porque ela foi apresentada de forma mais clara do que as demais.

A seguir, damos exemplos práticos como isso acontece, quais áreas da sua vida ele afeta (um spoiler: as suas finanças não escapam) e como diminuir a influência desse viés sobre você.

Como o Efeito de Ambiguidade funciona?

Imagine que você tenha duas opções de emprego: se candidatar em uma pequena empresa de bairro ou, então, em uma multinacional cuja filial está situada na sua cidade.

Em geral, as pessoas tendem a optar pela primeira opção, pois:

  • 1. Elas conhecem a empresa de bairro melhor do que a multinacional, cuja estrutura é naturalmente mais complexa;
  • 2. Elas conhecem os seus competidores pela primeira vaga, enquanto na segunda, as chances de enfrentar desconhecidos (com diferentes qualificações e habilidades) é muito maior;

Ou seja, o processo seletivo da pequena empresa é mais claro para os potenciais empregados do que o processo da multinacional, de modo que parece mais simples e fácil, além de ter maiores chances de sucesso.

No entanto, nem sempre isso é verdade, certo? Em verdade, não existe nenhuma prova de que a multinacional tenha uma seleção mais complicada senão os “achismos” dessas pessoas.

E é aqui que temos um viés, você percebe? Tomamos como verídica uma realidade criada apenas pela nossa lógica, por vezes muito falha.

Se o potencial empregado está ainda sob o efeito de outros vieses, a tendência por uma das alternativas fica ainda mais forte.

Por exemplo, se ele sofre com uma baixa autoestima e se julga incapaz de conseguir um emprego em uma grande companhia, a complexidade da seleção serve também ao seu viés de confirmação.

Como o Efeito de Ambiguidade afeta as suas finanças?

Não só de vagas de emprego vive o efeito de ambiguidade.

Nas finanças, ele pode se aplicar tanto no consumidor quanto no investidor.

No primeiro caso, você pode comprar de uma marca, em detrimento de outra, apenas porque o seu modo de uso está mais claro na embalagem.

A falta desse passo a passo nas demais caixas faz com que o produto pareça complicado ou difícil de ser usado. Ou seja, o modo de uso se torna ambíguo: não há certeza se a melhor aplicação é de jeito x ou y.

Naturalmente, a ambiguidade cria uma forte sensação de indecisão, hesitação e desconforto - tudo o que o fabricante não quer que o consumidor sinta ao entrar em contato com o seu produto, concorda?

Ao escolher a marca mais precisa nas instruções, você pode se convencer de que tomou essa decisão baseado em outros aspectos lógicos, mas não há nenhum indicativo de que produtos com embalagens “mais claras” tenham mais qualidade.

No caso dos investidores, essa distorção se aplica diretamente às opções de ativos. Quando as características da Bolsa de Valores se tornam complicadas demais (ambíguas) para o investidor, ele se refugia nos investimentos cujo funcionamento é mais fácil de entender - como a poupança.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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