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Economia alternativa

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:15/11/2021 às 02:30 - Atualizado 2 anos atrás
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O que é economia alternativa?

Economia alternativa, criativa ou da cultura é um conceito criado em 2001 pelo pesquisador John Howkins. Consiste em uma estrutura econômica baseada na criação, na produção e na distribuição de produtos que utilizem o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual.

Segundo o Mapeamento da Indústria Criativa de 2019, esse setor já compõe quase 3% do PIB brasileiro. Será que já existem investimentos nessa área? Como aliar a indústria criativa aos negócios?

Como surgiu a economia alternativa?

A criatividade e o capital intelectual sempre existiram, é claro. Mas, a partir do momento em que eles se integraram e se ampliaram (sobretudo com a tecnologia), surgiu a economia criativa. Inclusive, a sociedade da informação, às vezes utilizada como sinônimo da economia do conhecimento, engloba a economia alternativa.

Afinal, por que essas atividades foram incluídas no campo econômico? 

Por quase toda a história da humanidade, esses elementos relacionados ao potencial criativo não faziam parte desse ramo. Porém, hoje muitas atividades culturais têm:

  • valor de troca: estágio final para que os produtos e serviços encontrem um preço de mercado; 
  • valor funcional: determinado pela forma como se utiliza os produtos e serviços criativos.
  • valor expressivo: grande significado cultural, como um novo design conceitual ou um ícone religioso.

Vale lembrar que muitos desses produtos e serviços já foram e ainda são exemplos de negócios rentáveis e bem sucedidos. Só para ilustrar, dezenas de empresas de design intensivo, um dos setores da economia criativa, de 1994 a 2004, chegaram a superar o rendimento da FTSE100 — as 100 empresas com a maior cotação na Bolsa do Reino Unido — em mais de 200%.

Resultados desse tipo não são tão inacreditáveis assim. Esse ramo tem forte inovação e alta sustentabilidade, isto é, com poucos impactos ambientais.

Apesar disso, muitos agentes da economia alternativa preferem se definir como criadores, artistas e ativistas sociais — em vez de trabalhadores industriais.

Que empresas da economia alternativa têm se destacado no Brasil?

Se você transformar algo que você gosta e que pode gerar satisfação em mais pessoas, você tem um negócio alternativo. 

E é possível fazer isso em diversos setores da economia alternativa, seja do software, moda, culinária, entretenimento etc.

Conheça alguns exemplos de empreendedores que já estão no meio dessa jornada.

Tudu

A Tudu é uma retailtech, startup varejista, que produz camisetas sob demanda, por meio de colaborações com artistas independentes. Eles fazem a collab ou a coleção e ambos ganham, a Tudu e o autor da arte. 

Fitto Design

A Fitto é uma fábrica de móveis sob demanda e que dispensa pregos e parafusos. A ideia é minimizar ao máximo o desperdício com madeira e, para isso, eles utilizam compensados multilaminados de madeira reflorestada para a produção de camas, mesas, banquetas, entre outros móveis.

As Tintureiras 

Essa empresa trabalha com impressão botânica e tingimento natural. Adriana Fontana e a sua filha, Maria, criaram um ateliê onde folhas, raízes e cascas dão cor a roupas e objetos decorativos. Elas também trabalham com kits Faça Você Mesmo, o que corrobora também com o fortalecimento do conhecimento.

Como investir na economia alternativa?

De modo geral, os maiores fomentadores da economia alternativa são os agentes públicos, por meio do Sebrae, Senai e outros projetos do governo. 

Ainda não existe um fundo, por exemplo, com as organizações do setor dessa nova economia. Mas, ao se tornar parte do público consumidor dessas empresas, você também estará ajudando no seu crescimento.

Uma alternativa é investir no Franklin Innovation Fund, fundo com as empresas mais inovadoras do mundo, ou o Constellation Inovação FIA BDR Nível 1, composto pelas organizações que transformaram os seus setores com a economia alternativa.

 

Sobre o autor
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