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Dólar Turismo

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:03/04/2019 às 09:23 - Atualizado 6 anos atrás
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O que é o dólar turismo?

O dólar turismo é o tipo de cotação utilizado para as transações internacionais realizadas por turistas, desde a emissão de passagens aéreas até as compras realizadas em lojas no exterior. É disponibilizado de forma exclusiva nas casas de câmbio e instituições financeiras devidamente regulamentadas.

O dólar turismo é mais “caro”, quando comparado a outras modalidades de cotação como o dólar comercial, por exemplo. No entanto, existem regulamentações do Banco Central que proíbem o uso deste último por cidadãos comuns em atividades de turismo, de modo que se torna obrigatória a visita a um dos estabelecimentos autorizados para realizar a troca e viajar.

Dentre as principais razões para o encarecimento da moeda nesse tópico estão os custos que as próprias casas de câmbio têm para se manter: o transporte do dinheiro e a segurança do mesmo, além do suporte administrativo e o lucro sobre a atividade empresarial, entre outros… Tudo isso importa custos adicionais para o consumidor.

Como o câmbio flutuante funciona?

Muitas pessoas associam o termo “câmbio flutuante” a um sinônimo direto e exclusivo do dólar, mas isso não é verdade.

O dólar turismo é sim uma forma de câmbio flutuante. Não é, contudo, a única forma.

O câmbio flutuante é uma modalidade cambial adotada pelo Brasil desde 1999, quando encerramos a adoção do câmbio fixo.

Na prática, isso significa que passamos de um cenário onde as cotações das moedas eram pré-definidas diretamente pelo governo para outro onde a relação entre a oferta e a demanda seria a responsável pelo estabelecimento do seu valor em reais.

Quanto mais dólares em circulação (oferta > demanda), por exemplo, menos ele vale. Já na situação contrária, se a quantidade de dólares em circulação cai (oferta < demanda), mais ele vale.

Em tese, não deve haver intervenção governamental no câmbio flutuante. No entanto, a verdade é que o Banco Central manipula a taxa de câmbio através de mecanismos que afetam especificamente a essa relação oferta-demanda, a chamada “flutuação suja”. Dessa forma, ele disponibiliza mais ou menos dólares conforme o seu interesse.

Essa é uma característica inerente de todos os “dólares” adotados pelo mercado brasileiro atualmente, entre eles o dólar comercial e, é claro, o dólar turismo.

Como o dólar turismo funciona?

Todos os meses a mesma história se repete: o dólar turismo cai ou sobe (afinal de contas, a estabilidade é realmente difícil de se alcançar) e os telejornais, programas de rádio e sites de variedades se apressam em sugerir opções de destino para as suas férias.

Se houve queda, o seu salário em reais passa a valer mais no exterior e uma viagem para a Disney pode até entrar no seu radar.

Se houve alta, por sua vez, é melhor poupar a sua reserva e explorar outras opções, em especial os destinos nacionais e sul-americanos.

Isso se dá porque, como o seu próprio nome indica, o dólar turismo afeta especialmente os viajantes, que utilizam o dólar para lazer e não para operações financeiras e/ou comerciais. Nesses casos, eles vêm o seu poder de compra no exterior aumentar ou diminuir conforme o mercado oscila.

Entretanto, as flutuações não são o único problema da vida de um turista. A verdade é que, todas as vezes em que o coitado se pega comparando as cotações, sente um íntimo desejo de que o dólar turismo valesse ao menos tanto quanto o dólar comercial.

Isso não acontece, como já te contamos, justamente por conta dos custos embutidos no dólar turismo e no papel-moeda: desde a importação com o “fabricante” (no país de emissão) até a disponibilização nas casas de câmbio. Entre os principais deles estão: os impostos, a segurança, os serviços administrativos, os serviços logísticos, entre outros.

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