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Dólar Comercial

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:03/04/2019 às 18:49 -
Atualizado 6 anos atrás
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O que é o dólar comercial?

O dólar comercial é a cotação dada ao dólar em relação a qualquer moeda (em especial, no Brasil, ao real) em transações comerciais internacionais, isto é, em importações e exportações. Tem forte função dentro da economia, de modo que a sua exclusiva valorização ou desvalorização já é suficiente para desestabilizar todo o mercado financeiro.

O dólar comercial é o mais comumente citado na mídia - sendo incluído no jargão “hoje o dólar fechou em x reais e y centavos…”, que tanto se ouve nos telejornais por aí. Acompanhado de perto pelos empresários, interfere diretamente nos resultados da balança comercial.

Além disso, devido à política comercial adotada no Brasil, o dólar se comporta de forma flutuante. Ou seja, não possui valor pré-fixado pelo governo.
O que não quer dizer que não interfira: sob o pretexto de “manter as rédeas” sobre ele e evitar grandes oscilações no mercado financeiro, o governo pode se valer de mecanismos próprios para aumentar ou diminuir a oferta de dólares em circulação.

Qual é a política de câmbio adotada pelo Brasil?

No último parágrafo te contamos que a cotação do dólar comercial é flutuante. Mas você sabe realmente o que isso significa?

O câmbio flutuante é uma modalidade de câmbio adotada pelo Brasil desde 1999. Segundo ele, a cotação deve ser defendida não de forma fixa frente à moeda local (nesse caso, o real), mas obedecendo às oscilações da lei da oferta e da demanda.

Quanto maior o número de dólares em circulação no mercado brasileiro, menor é a cotação (e vice versa).

O câmbio flutuante é, portanto, um tipo de câmbio variável.

No entanto, por conta da forte intervenção do governo no mercado cambial brasileiro, é comum dizer que temos uma “flutuação suja” por aqui.

Como o dólar comercial funciona?

Suponhamos que você seja um grande exportador de laranjas. Ao negociar o seu produto com companhias chinesas, por exemplo, é necessário que você estabeleça uma moeda-base para a transação. De forma padronizada, essa moeda é o dólar: o que significa que ambos os agentes negociam a partir dela e não em real ou renminbi.

Se você já leu ou assistiu Harry Potter alguma vez, deve se lembrar que o dinheiro dos trouxas (não-bruxos) não é utilizado no mundo da magia - para tanto, é necessário trocá-lo por sicles, nuques e galeões se quiser comprar algo.

No mercado comercial algo muito semelhante acontece: se um importador ou exportador deseja negociar os seus produtos, em geral é necessário que “abandone” a sua moeda e passe a adotar o dólar comercial nas suas transações internacionais.

Qual é a diferença entre o dólar comercial, o dólar turismo e o dólar paralelo?

O dólar, como moeda-base intencionalmente aceita, pode se apresentar em uma economia de variadas maneiras. As três principais são: o dólar comercial (sobre o qual se trata este artigo), o dólar turismo e o dólar paralelo.

O dólar turismo trata especificamente da atividade cambial que os cidadãos comuns desenvolvem para viajar e comprar em outros países. É sempre mais caro do que o dólar comercial, visto que agrega os custos que as companhias têm para repassar o dinheiro à população.

Para ser considerado lícito, é necessário que seja realizado em uma casa de câmbio ou instituição financeira autorizada.

Essa preocupação, no entanto, não afeta os que negociam o dólar no mercado paralelo. Casas de câmbio irregulares e doleiros (os operadores desse meio extraoficial) negociam o dólar sem qualquer regulamentação do Banco Central.

Nesse caso, a cotação é bem menor do que as do dólar turismo. O que faz sentido, visto que os seus custos e o seu público são diferentes.

Como em geral o dólar está associado a crimes específicos como a lavagem de dinheiro e a sonegação fiscal, saiba que se envolver nesse tipo de transação é intrinsecamente ilegal.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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