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Dividends Aristocrats

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:14/05/2020 às 13:27 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que são Dividends Aristocrats?

Dividends Aristocrats, ou Aristocratas dos Dividendos, é um termo usado no mercado financeiro para se referir a empresas que se destacam das demais no pagamentos de dividendos aos acionistas

O que define empresas Dividends Aristocrats?

Existem dois critérios para definir quais empresas podem ser consideradas Dividends Aristocrats. O primeiro é que a empresa pague dividendos de forma consistente; o segundo, que o valor dos pagamentos aumente continuamente ao longo dos anos.

Uma empresa pode ser considerada aristocrata dos dividendos se ela paga dividendos progressivamente maiores aos acionistas por, pelo menos, 25 anos. 

Alguns especialistas também levam em consideração, para classificar Dividends Aristocrats, outros fatores, como o tamanho da empresa e a sua liquidez. Isso ajuda a escolher em quais empresas investir. Porém, o histórico do pagamento de dividendos continua sendo o fator principal.

Como uma empresa consegue se tornar aristocrata dos dividendos?

Existem características importantes para que empresas consigam se tornar aristocratas dos dividendos. Essas empresas são relativamente raras.

Em primeiro lugar, elas têm negócios bem estabelecidos no mercado, com produtos que são capazes de manter um bom nível de vendas até em períodos de recessão. Isso permite que consigam continuar gerando lucro e pagando dividendos, mesmo enquanto a maioria das empresas enfrenta dificuldades financeiras.

Em segundo lugar, elas normalmente não têm um crescimento muito acelerado, nem suas ações passam por fortes valorizações. Justamente por isso, o pagamento de dividendos é importante, pois é uma alternativa para recompensar seus acionistas. 

Startups podem ser Dividends Aristocrats?

É extremamente difícil que uma startup torne-se aristocrata dos dividendos; na realidade, elas raramente pagam qualquer dividendo aos acionistas, que ganham com a valorização das ações.

O motivo é que startups geralmente nem apuram lucros, pois todo o faturamento é reinvestido na empresa, a fim de alimentar o crescimento em escala. Em alguns casos, elas apuram prejuízos, o que não chega a ser visto como um problema, desde que exista a perspectiva de lucratividade no futuro.

Sem lucros, não é possível pagar dividendos e, assim, as startups ficam longe das listas de aristocratas dos dividendos.

Quantos Dividends Aristocrats existem?

Em qualquer momento, o número de dividends aristocrats tende a ser baixo, dificilmente superando 100 empresas. Em 2019, havia 57 aristocratas dos dividendos no S&P 500.  

O S&P Dividend Aristocrats Brasil Index acompanha as 30 empresas inscritas na bolsa de valores brasileira que são consideradas dividends aristocrats, com a diferença de que, nesse caso, não é observado um período de 25 anos, mas apenas de 5 anos.

Um fato importante é que, apesar de existirem poucas aristocratas dos dividendos, elas não se concentram em apenas um ou dois setores da economia. Podemos encontrá-las em vários setores, como saúde, varejo, petróleo e gás, construção civil, serviços financeiros, entre outros.

Exemplos de Dividends Aristocrats

Existem empresas que são exemplos muito interessantes de aristocratas dos dividendos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Abbott Laboratories distribuiu dividendos aos acionistas por 376 trimestres consecutivos desde 1924, e chegou a aumentar o valor por 46 anos consecutivos.

No Brasil, segundo dados de abril de 2020, as principais Dividends Aristocrats são a Cyrela Brazil, a MRV Engenharia e a BB Seguridade. É importante lembrar, conforme já foi apontado, que no Brasil pode-se aplicar um critério mais flexível em relação ao tempo necessário para que uma empresa seja considerada parte desse grupo.

Outro ponto importante é que esses exemplos podem mudar a qualquer momento, caso as empresas alterem suas políticas de distribuição de dividendos. Isso pode ocorrer devido a motivações externas – por exemplo, uma crise muito forte, que atinja até as empresas mais estáveis – ou por uma mudança na visão dos gestores e até dos próprios acionistas.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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