Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
termos

Crédito de carbono

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:30/11/2020 às 18:09 -
Atualizado 3 anos atrás
Compartilhe:

O que é crédito de carbono?

O crédito de carbono, ou Redução Certificada de Emissões (RCE), faz parte de uma estratégia criada na Terceira Conferência das Partes, no Japão, pactuada por meio do famoso Protocolo de Kyoto, em 1997.

Cada crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (CO2e) — unidade que faz a equivalência de todos os gases estufa (metano, ozônio etc.) em CO2. Para o Environmental Defense Fund, grupo ambiental norte-americano, isso é o mesmo que uma viagem de carro por aproximadamente 3862 km.

Mas qual é a relevância de representar os gases do efeito estufa em unidade financeira, em créditos?

O evento que originou o Protocolo de Kyoto reuniu 159 nações para evidenciar a necessidade de redução da emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa. Para viabilizar o projeto, foram criados sistemas como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) ou Mercado de Carbono.

O que o mercado de carbono tem a ver com crédito de carbono?

O MDL se trata de um instrumento para que as nações que não conseguirem reduzir a emissão dos gases poluentes (geralmente pelo desenvolvimento econômico acelerado) não deixem de fazer a sua parte, ou seja, elas pagam aos países que efetivamente conseguiram diminuir a emissão dos poluentes.

A primeira consequência disso é o crédito de carbono virar um ativo financeiro Terceira Conferência das Partes. Para Laura Albuquerque, especialista em finanças desse segmento ambiental, o comércio de crédito de carbono funciona entre quem quer ou é obrigado a reduzir a emissão de gás carbônico (países em desenvolvimento Terceira Conferência das Partes) e quem possui oferta de crédito (países desenvolvidos Terceira Conferência das Partes).

Mas há uma dificuldade ainda presente nesse mercado: se o país em desenvolvimento percebe que a sua tecnologia limpa não cobre o crédito de carbono oferecido pelo país desenvolvido, o negócio não é concluído.

Como ocorre a comercialização dos créditos de carbono?

Os créditos são negociados nos leilões da BM&FBOVESPA, com as regras determinadas por editais públicos e as transações efetuadas no meio online. Podem participar das negociações, entre outros:

  • corretoras ligadas à B3 Terceira Conferência das Partes que defendem os interesses dos seus investidores;
  • instituições de financiamento;
  • instituições governamentais e fundos de carbono.

Algumas das motivações para investir nesse segmento é a melhoria da imagem da empresa perante à sociedade, contribuição com as medidas de responsabilidade social, grande possibilidade dos créditos virarem commodities no futuro e desenvolvimento de novas oportunidades de negócios. A Cemig, o Nubank e o SENAI são exemplos de empresas nacionais que já se envolveram com o mercado de carbono (recebendo créditos).

Inclusive, esses benefícios podem ser a explicação dos preços desses créditos estarem aumentando há mais de 14 anos — uma unidade já foi vendida a mais de € 30. Com a crise do coronavírus, chegou a cair para € 10, mas hoje está na faixa dos € 24 a 25.

Especialistas do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) estimam que os créditos resultantes da preservação da Amazônia podem render US$ 10 bilhões ao ano para o Brasil — pela absorção de 2,7 bilhões de toneladas de gases anualmente. Do lado dos países poluentes, os governos já têm aplicado tributos sobre as emissões para mitigar essa projeção.

Enquanto isso, as companhias se preparam quanto ao cálculo das emissões para ganharem destaque no mercado. A Natura, por exemplo, compensou a emissão de 3,6 milhões de toneladas de CO2 emitidos em 11 anos com 38 projetos que geraram créditos de carbono, além de ações nas comunidades impactadas.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados