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CPPI – Constant Proportion Portfolio Insurance

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:18/03/2021 às 05:53 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é CPPI?

CPPI é uma abreviação para Constant Proportion Portfolio Insurance, uma estratégia para gestão de investimentos que visa mesclar ativos de risco com outros que possam oferecer maior segurança ao investidor, de modo a equilibrar a rentabilidade.

O modelo é mais popular nos investimentos estrangeiros do que no Brasil, embora seja similar ao que encontramos aqui por meio do Certificado de Operações Estruturadas (COE). Isto é, o uso de uma estratégia que utilize de diferentes classes de ativos dentro de uma estratégia.

Ou seja, aqui você pode ter, ao mesmo tempo, investimentos de risco (visando potencializar o retorno do capital investido), mas com redução da exposição do seu dinheiro à volatilidade na medida em que também há uma proteção com ativos mais seguros.

Em uma tradução livre para o português, você encontrará algo como "Seguro de Portfólio de Proporção Constante". Vamos entender então como funciona o CPPI.

Como funciona o CPPI?

O funcionamento de uma estratégia de Constant Proportion Portfolio Insurance começa por uma definição por parte do investidor sobre dois aspectos principais:

  • Piso: também conhecido como colchão, o piso representa a parte do dinheiro que deve ser protegida na seleção dos ativos. Ou seja, trata-se da parte do capital que será destinada a um uso mais conservador;
  • Multiplicador: da mesma forma, em relação ao restante do valor, ele definirá um multiplicador. Quanto maior esse número, mais agressivo será o uso de ativos com maior risco, visando rentabilidade.

Em função das definições realizadas pelo investidor sobre esses aspectos, o dinheiro pode ser utilizado em duas classes de ativos. Geralmente, utilizam-se os títulos do Tesouro para a manutenção da segurança, enquanto que a parte de risco é alocada em renda variável, principalmente o mercado de ações.

Entendendo o CPPI na prática

Para que isso fique mais claro, vamos a um exemplo prático. Suponha que você resolva investir em um fundo que trabalhe com a estratégia Constant Proportion Portfolio Insurance e, de acordo com o seu perfil de investidor, estabeleceu as seguintes regras:

  • Investimento inicial: R$1.000;
  • Piso: 70% do valor;
  • Multiplicador: 2.

Com base nessas informações hipotéticas, temos um cenário em que R$700 devem ser utilizados como colchão. Isto é, será destinado a um uso mais conservador, com ativos de menor risco.

Por outro lado, o restante do valor pode ser destinado à renda variável respeitando o multiplicar. Ou seja, temos um restante de R$300 que, multiplicado por dois, representa um total de R$600.

O que acontece no caso de prejuízo do CPPI?

Uma das grandes vantagens da aplicação do CPPI é que ele se apresenta de forma dinâmica, ajustando as posições de acordo com os movimentos do próprio mercado financeiro.

Suponha que, em um momento de aversão ao risco, o capital total do nosso exemplo reduza para R$900. Isso significa que, agora, há uma menor distância entre o investimento inicial e o piso estabelecido.

Desta forma, cabe ao investidor reajustar sua exposição ao risco. Como o valor excedente ao piso de R$700 é de apenas R$200, temos uma quantia de apenas R$400 para a renda variável, mantendo o multiplicar em dois.

E o que aconteceria em um cenário de crise, em que o portfólio do investidor regredisse para R$700? Neste caso, o capital seria utilizado de forma integral em ativos protegidos, evitando assim o risco que possa reduzir ainda mais o valor do investimento.

Vale a pena usar o CPPI?

Como vimos, a estratégia do CPPI consiste em dividir o seu portfólio de investimentos em dois grupos: risco e segurança. Desta forma, você consegue tanto explorar os ganhos da renda variável em momentos de alta do mercado, como se proteger das quedas.

O pior cenário para a estratégia Constant Proportion Portfolio Insurance surge quando há oscilações de curto prazo nas ações, dificultando o equilíbrio da carteira. De qualquer forma, é sempre importante considerar o seu perfil de investidor antes de aplicar a técnica.

Sobre o autor
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