Conglomerado Financeiro
O que é um conglomerado financeiro?
Um conglomerado financeiro é um grupo de grandes empresas, geralmente multinacionais, que se juntam. O conceito é originado na ciência, onde representa a união de pequenos fragmentos e formando uma grande massa.
No caso do mercado financeiro, as empresas do segmento acabam se juntando para formar organizações ainda mais fortes e dominantes. Em um cenário globalizado e competitivo, como temos atualmente, essa é uma dinâmica importante e configura-se em grande vantagem competitiva para os negócios envolvidos no processo.
Existem diversos outros nomes que são atribuídos aos conglomerados. Abaixo listamos alguns sinônimos:
- Grupo empresarial
- Conglomerado empresarial
- Conglomerado econômico
Vale frisar que, ao falar sobre conglomerado financeiro, focamos especificamente em empresas cuja atuação seja neste segmento. Aqui, falamos de bancos, instituições de crédito, seguradoras e outras modalidades empresariais que atuam no mercado financeiro.
O que é uma holding?
Ao falar sobre conglomerado financeiro, nós não podemos passar em branco pelo conceito de holding. Essa, afinal, é uma prática bem comum na organização de diferentes empresas, como acontece com frequência na formação de oligopólios.
Uma holding é, em suma, uma empresa matriz cujo foco está na aquisição de participações majoritárias em empresas. Ou seja, é algo bastante frequente na formação de um conglomerado financeiro, com uma sociedade controladora de todas as demais instituições do grupo.
No Brasil, temos diversos exemplos de holdings nesse sentido. Uma das mais conhecidas é a Itaúsa, empresa detentora de parte majoritária do Itaú Unibanco, um dos maiores bancos brasileiros e com relevância internacional. Além deste, a holding ainda mantém participações relevantes em empresas de outras segmentos — como a Duratex.
Outro exemplo de holding bastante popular no Brasil é BRF (Brasil Foods) que, embora não seja exatamente financeira, é outro grupo gigantesco brasileiro criado após a fusão das marcas Sadia e Perdigão. Além delas, a Bradespar é outra holding não financeira com participação relevante na Vale.
Para investidores da Bolsa de Valores, as holdings são também oportunidades de aportar capital em companhias que elas controlam. É muito comum ver interessados em investir no Itaú, por exemplo, comprando ações da Itaúsa.
Quais são os principais conglomerados financeiros?
É importante salientar que uma holding não é obrigada a ter empresas de um único segmento. Acabamos de listar exemplos disso. No caso de conglomerados financeiros, falamos especificamente de empresas do setor financeiro.
No Brasil, portanto, os grandes bancos são os líderes da categoria. É o caso do Banco do Brasil, do Bradesco, da Caixa Econômica Federal e do próprio Itaú Unibanco. Todas essas organizações centralizam uma série de empresas que acabam sendo representativas no mercado interno.
Quais as vantagens de um conglomerado financeiro?
A grande vantagem de um conglomerado financeiro é o seu porte dentro de um determinado mercado. Todos os exemplos que vimos até aqui neste artigo representam um grande volume de negócios, algo que conferente aos grupos financeiros uma grande vantagem competitiva frente aos concorrentes.
Outro ponto de força dessas estruturas são os momentos de crise. Quando o Brasil vive uma situação de recessão, por exemplo, os conglomerados financeiros tendem a ter maior chance de sobrevivência pelo seu próprio tamanho. É comum, aliás, que eles aproveitem de momentos negativos para expandir sua força. Foi o que fez o Itaú ao comprar o Unibanco.
E quais os riscos de um conglomerado financeiro?
Se o porte e domínio de mercado são verdadeiras fortalezas desse tipo de organização, há também maior dificuldade na gestão desses grupos. Pensando em empresas de capital aberto, organizar informações contábeis para divulgação de resultados permite uma análise mais superficial, sem tanta abertura por cada unidade do negócio.
No caso dos conglomerados financeiros, há ainda a exposição ao ciclo econômico. Ao contrário de outros formatos de grupos econômicos, não há diversificação setorial, algo que poderia dar maior proteção.
Por fim, os conglomerados financeiros são organizações menos flexíveis, até mesmo pela estrutura mais complexa. Assim, processos como mudanças culturais ou mesmo a implementação de novidades acabam sendo mais desafiadores.