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Compensação de Risco

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:12/12/2019 às 21:03 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é a Compensação de Risco?

Compensação de Risco é o nome dado a um tipo específico de viés cognitivo, segundo o qual nós seres humanos temos a tendência mental a mudarmos a nossa atitude conforme a percepção de risco aumenta ou diminui. Isso significa que somos mais propensos a agir de forma mais imprudente se percebemos que o risco é pequeno, de modo que a nossa prudência cresce conforme o perigo.

É o caso, por exemplo, de uma pessoa que mora uma cidade extremamente segura. Lá, os índices de violência urbana são quase nulos, de modo que assaltos, furtos e homicídios são considerados uma verdadeiramente raridade. 

O comum é que esse morador, ao passear por uma rua escura no meio da noite, aja de forma mais imprudente do que alguém que mora em uma cidade como São Paulo, por exemplo. 

Tirar o celular do bolso, andar tão lentamente que até parece que se está passeando às margens do Rio Sena no verão, não ficar atento a barulhos e sombras... Comportamentos impensáveis para nós, para o cidadão daquela cidade hiper protegida podem ser normais.

Ao viajar para um lugar mais perigoso, por sua vez, o seu bom senso lhe diz para ser mais cauteloso. 

E é essa "calibragem" entre prudência e percepção de risco que dão forma à Compensação de Risco, presente não apenas quando analisamos se nos sentimos seguros ou não onde vivemos, mas também em questões mais corriqueiras (e emocionais!) do nosso dia a dia.

Por que a Compensação de Risco é considerada um viés cognitivo?

Essa é a hora em que as suas sobrancelhas ensaiam a expressão de maior confusão que você consegue fazer. Afinal de contas, a compensação de risco parece fazer tanto sentido que nem conseguimos imaginar um motivo para que ela seja tomada como um viés cognitivo, certo?

Para quem não sabe, o viés expressa uma falha lógica cometida dentro do nosso cérebro. Enquanto processa os milhões de estímulos vindos do mundo à nossa volta, ele tira várias conclusões - sobre a realidade atual, sobre como devemos agir e reagir e inclusive sobre o futuro.

Contudo, nem sempre essas conclusões são verdadeiras: elas apenas parecem verdadeiras (o que se chama de paralogismo!). E é justamente por isso que falhamos tanto em perceber o nosso erro e corrigi-lo, antes que cause maiores estragos na nossa vida.

Existem vieses de todo tipo: ligados à memória (como é o caso do Efeito Zeigarnik e o Viés do Humor Sobre a Memória), aos padrões (como a Ilusão de Agrupamento e a Heurística da Disponibilidade) e por aí vai...

A Compensação de Risco entra nessa lista porque é justamente a nossa falta de prudência diante de pequenos riscos que faz com que os seus danos sejam enormes. Parece fazer sentido subestimá-los (paralogismo, lembra?), mas na realidade estamos "cavando a nossa própria cova", mesmo que apenas emocional.

Quer saber mais sobre a Compensação de Risco?

Aqui no Mais Retorno, nós já temos um artigo completo sobre o Efeito Peltzman. 

Para quem não sabe, Efeito Peltzman é apenas outra forma de se chamar a Compensação de Risco, de modo a homenagear o economista Sam Peltzman, que contribuiu grandemente para a estruturação desse viés. Graças a ele, outros pesquisadores se debruçaram sobre o problema - inclusive no que tange à vida das pessoas comuns.

Nesse artigo, damos maiores detalhes acerca do funcionamento da Compensação de Risco, assim como fornecemos novos exemplos práticos (acredite, a violência urbana é apenas uma ilustração em um mar de consequências da Compensação de Risco) e falamos sobre como ela interfere na sua vida financeira.

Para ler agora, clique aqui

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!