COE – Cost of Equity
O que é Cost of Equity?
Cost of Equity, ou simplesmente COE, é um termo em Inglês que representa o custo do Patrimônio Líquido de uma empresa. Em outras palavras, de uma maneira objetiva, consiste em uma análise dos sócios de qual é o retorno mínimo que o investimento apresente para que se torne atrativo.
Ou seja, ao falar em Cost of Equity, estamos abordando qual é o custo para os sócios investir uma quantia de capital em um negócio ao invés de optar por alguma outra oportunidade.
Mesmo que financeiramente não pareçam oportunidades complementares, há o que se chama de custo de oportunidade. Ao tomar uma decisão de investimento, você acaba abrindo mão de outras. E, para tal, deve exigir algum nível de rentabilidade — justamente o que encontramos neste indicador.
Outro ponto importante para nós, brasileiros, é não confundir a sigla COE de Cost of Equity com Certificado de Operações Estruturadas. Embora possuam a mesma sigla como abreviação, esse é um produto financeiro que mescla ativos de renda fixa e renda variável, mas nada tem a ver com análise do capital de um investimento.
Como funciona o COE?
Como sabemos, o Patrimônio Líquido corresponde ao capital próprio dentro de um Balanço Patrimonial. Ele é composto, por exemplo, pelo dinheiro investido pelos sócios e eventuais reservas de lucro acumulado.
Ao ser somado com o capital de terceiros (empréstimos, financiamentos e valores a pagar da companhia), encontramos um valor equivalente ao ativo da organização, que corresponde à soma de todos os seus bens e direitos.
E por que todos esses conceitos de contabilidade são importantes? Porque, afinal, o Patrimônio Líquido representa uma parcela relevante do Balanço Patrimonial e, portanto, cabe aos sócios selecionarem um modelo para avaliação do risco versus retorno que o investimento oferece.
Quais são os modelos para avaliar o COE?
Uma das principais abordagens para avaliação do Cost of Equity de uma companhia é o modelo CAPM, uma abreviação para Capital Asset Princing Model. Trata-se, em resumo, de um fórmula para encontrar o custo de capital envolvido em um investimento e, consequentemente, qual o mínimo retorno que deveria ser exigido em contrapartida.
Não é o intuito deste artigo aprofundar na explicação deste modelo, portanto, caso queira, você pode acessar a nossa explicação completa sobre o CAPM.
Outra técnica muito utilizada é o Dividend Capitalization Model (Modelo de Capitalização de Dividendos), o qual consiste em uma fórmula bem mais simples que o CAPM. Veja só como ela funciona:
COE = DPA / CMV + GRD
Onde:
- COE = Cost of Equity;
- DPA = Dividendos por ação;
- CMV = Valor de mercado do estoque atual;
- GRD = Taxa de crescimento dos dividendos.
Quais as limitações dos modelos para avaliação do COE?
Pela simplicidade do seu cálculo, o Modelo de Capitalização de Dividendos acaba sendo preferido na hora de avaliar o COE de uma companhia. No entanto, há uma limitação importante: ele exige que a empresa seja pagadora regular de dividendos aos seus acionistas — algo que não acontece em 100% das vezes.
Assim, para organizações que não possuem essa prática ou ainda estejam em fase de crescimento (exigindo assim o reinvestimento dos lucros gerados), esse modelo não funciona tão bem.
Por outro lado, o CAPM pode ser utilizado para qualquer tipo de negócio. O problema aqui é que a sua fórmula é muito mais complexa, exigindo inclusive o uso de uma avaliação do risco de mercado.
Lembrando ainda que ambos os modelos são matemáticos e partem de premissas atuais projetadas pelos próprios investidores. Portanto, é recomendável que seja feita também uma análise qualitativa sobre os negócios sobre os quais uma pessoa está pensando em investir.