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Capitalismo

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:30/04/2019 às 15:10 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é Capitalismo?

O capitalismo surgiu a partir da ascensão da burguesia, com o fim da Idade Média e do sistema feudal.

Ele é um sistema econômico que fomenta a livre iniciativa (“laissez-faire”), ambiente onde os agentes desenvolvem os seus negócios de forma a buscar o lucro e a acumulação de capital. Isso ocorre por meio da maximização no uso de:

  • Propriedade privada: a posse dos meios de produção;
  • Trabalho: mão de obra disponível.

Como pilares do capitalismo, temos:

  • A garantia do direito de propriedade;
  • O respeito aos contratos firmados entre as partes;
  • A aplicação da lei.

Um sistema 100% capitalista é praticamente inexistente nos dias de hoje. O modelo mais comum é o que adota um certo nível de regulação por parte dos governos.

Apesar das suas vantagens:

  • Concorrência;
  • Produtividade;
  • Crescimento econômico.

O capitalismo falha em vários pontos:

  • Não considera o bem-estar social;
  • Ignora o impacto de suas atividades sobre o meio-ambiente;
  • Gera instabilidades econômicas e desigualdade.

Nesse sentido, a participação do Estado na economia garante o seu bom funcionamento, fornecendo condições adequadas para que os empreendedores possam exercer as suas atividades e coibindo práticas lesivas ao mercado.

Quais as atividades exercidas pelo Estado em um regime capitalista?

Alguns setores não podem ser explorados pelos agentes privados, seja pelo seu valor estratégico seja pela falta de viabilidade econômica.

Esse é o caso aplicável a:

  • Indústria da defesa;
  • Obras públicas estruturantes (infraestrutura e indústrias de base):
  • Manutenção da máquina administrativa (prestação de serviços básicos);
  • Pagamento de benefícios (bem-estar social).

Qual o oposto do capitalismo?

De acordo com a doutrina socialista, a desigualdade de renda e as crises financeiras são eliminadas quando a propriedade privada deixa de existir.

Os meios de produção deveriam então pertencer à sociedade, sendo geridos por um único órgão, cujo objetivo é planejar a atividade econômica e garantir o bem-estar coletivo.

Como o capitalismo se desenvolveu ao longo dos séculos?

Mercantilismo (séculos XVI a XVIII)

Atividade fortemente coordenada pelo Estado, visava a exploração das colônias e o desenvolvimento do comércio exterior.

Assim, todos os agentes tinham por finalidade servir ao Estado, que acumulava riquezas por meio de estoques de metais preciosos. A lógica da época era de exportar o máximo possível para criar governos economicamente fortes, não havendo qualquer estímulo à iniciativa privada.

O descontentamento geral da população com a falta de oportunidades e a pouca distribuição dessa riqueza fez surgir a fase seguinte.

Industrialismo (séculos XVIII a XIX)

O Estado comerciante é substituído pelo indivíduo proprietário dos meios de produção. Durante essa época, surgiu a divisão do trabalho e, respectivamente, o processo de produção industrial.

Como características principais desse sistema, temos o fornecimento de produtos a preços acessíveis, em função dos ganhos de escala, e o surgimento da classe média, beneficiada pela grande quantidade de empregos oferecidos pela indústria.

No industrialismo, as forças do mercado (demanda e oferta) é que organizavam a economia, fixando os preços de bens e serviços. Esse modelo, explorado ao extremo, gerou as grandes distorções na economia do início do século XX, levando à adoção em grande escala do Keynesianismo.

Neoliberalismo (final de década de 60)

O período de alta inflação e baixo crescimento (“estagflação”), que marcaram o fim do Keynesianismo, trouxe de volta os ideais da livre iniciativa do capitalismo.

Com a sua implementação no Reino Unido, por Margaret Thatcher, e nos EUA, por Ronald Reagan, deslocou a força econômica para as engrenagens do mercado financeiro, tornando as instituições financeiras as principais responsáveis pelo crescimento econômico.

Globalização (momento atual)

Volta à valorização do comércio internacional, por meio do livre movimento de recursos financeiros, insumos, conhecimento e pessoas

Entretanto, ao contrário do Mercantilismo, os países se beneficiam do crescimento global e não apenas individualmente.

A cadeias de fornecimento globais se concentram próximas aos centros de produção, usando muitos dos conceitos de especialização do trabalho, desenvolvidos durante o Industrialismo.

O que é o Capitalismo Consciente?

Ele existe no Brasil desde 2013. Apesar de acreditar no lucro como meio de se perpetuar um negócio, o Capitalismo Consciente considera ainda 4 outros fatores como essenciais para a gestão de um negócio:

  1. Propósito (missão) da empresa;
  2. Geração de valor para todos e não apenas para os acionistas;
  3. Exercício consciente da liderança, onde as pessoas são colocadas antes do negócio;
  4. Cultura consciente, que determina o seu relacionamento com os fornecedores e a comunidade.

Dessa forma, não visa apenas o lucro no curto prazo, mas também os impactos positivos para o ambiente onde a empresa está inserida.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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