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Laissez Faire

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:29/03/2019 às 20:28 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é o laissez-faire?

O laissez-faire é um termo comumente traduzido como “deixar fazer”. Mais do que uma recomendação com biquinho francês, o laissez-faire exprime o cerne do ideal contido no liberalismo econômico.

Ou seja, esse “deixar fazer” simboliza a necessidade do Estado de se abster do seu controle na economia, permitindo assim que o mercado se autorregulasse a partir da lei da oferta e demanda e da livre concorrência.

Ao Estado, portanto, seriam destinadas as responsabilidades sobre as atividades básicas, ligadas a setores em que a iniciativa privada não se interessasse ou não pudesse atuar.

Isso inclui a educação dos cidadãos, a saúde pública, a segurança e a justiça. No âmbito econômico ele só poderia se envolver para garantir os direitos do consumidor e de prioridade.

Quem criou o laissez-faire?

O consenso histórico indica que a expressão laissez-faire tenha sido inicialmente cunhada pelo Marquês de Argenson, escritor francês e Secretário de Estado para Assuntos Externos de Luís XV entre 1744 e 1747.

A expressão completa, no entanto, seria: laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même. Em tradução livre, seria algo como “deixe fazer, deixe ir, deixe passar, o mundo vai por si mesmo”. Um conselho e tanto, não?

Quais são os princípios do laissez-faire?

É impossível ler as estrofes a seguir e não se lembrar da voz de Jair Rodrigues, cantando o seu sucesso Deixa Isso Pra Lá pelo rádio e pela televisão.

“Deixa que digam, que pensem, que falem. Deixa isso pra lá…”, ele dizia.

O ano de lançamento da canção é 1964. Mas para aqueles que forneceram a base de todo o liberalismo econômico, ela bem que poderia ter ecoado já no século XVIII.

Isso porque era exatamente essa a mensagem que eles tanto queriam enviar ao Estado: deixe a economia pra lá!

O princípio liberal contido no laissez-faire é justamente esse. Ou seja, a ideia de que, para que o meio econômico se desenvolvesse e encontrasse plena satisfação do seu potencial, gerando o máximo de riqueza possível, era necessário que o mesmo fosse livre.

Livre das taxas e subsídios do governo que, segundo eles, apenas desequilibravam a concorrência. Livre das políticas monetárias que prejudicavam as relações de consumo. Livre do protecionismo, que tanto impedia a circulação eficiente de produtos entre produtores e consumidores dos diversos países.

Na época, esse pensamento fazia uma forte oposição ao mercantilismo instaurado na Europa (berço dessa vertente nas teorias econômicas).

O mercantilismo reunia praticamnete todos os preceitos aos quais os idealistas econômicos se revelaram contra, como, por exemplo:

  • O protecionismo;
  • A balança comercial favorável a todo custo;
  • O metalismo;
  • A cobrança extensiva de tributos sobre a classe burguesa;
  • E, em especial, a ideia da necessidade da intervenção estatal para a construção de países fortes.

Segundo o liberalismo econômico, se o Estado seguisse o laissez-faire, ele não se encarregaria de nenhum desses tópicos.

A máquina pública, por sua vez, se tornaria mais enxuta e o dinheiro dos tributos estaria em livre circulação no mercado.

Quais são as principais críticas ao laissez-faire?

Seguindo a temática musical, o próprio Jair Rodrigues pergunta em determinado momento se “faz mal bater um papo assim gostoso com alguém”.

Se o papo fosse para propagar as ideias do laissez-faire, para os seus críticos fazia muito mal, sim.

E um dos maiores foi John Maynard Keynes.

Economista britânico do século XX, Keynes afirmava que a economia não era capaz de se autorregular de modo a promover o pleno emprego e a distribuição de renda. Nem mesmo a satisfação total dos produtores e consumidores.

Pelo contrário, era um fator de promoção do subconsumo, da superprodução, do desemprego e das crises econômicas.

 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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