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Capital Circulante Líquido

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:25/08/2020 às 03:50 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é Capital Circulante Líquido?

Também conhecido como capital de giro ou capital de trabalho, o capital circulante líquido (CCL) representa a totalidade de recursos, próprios ou de terceiros, que sustentam as atividades operacionais da empresa.

Como o próprio nome sugere, o capital circulante líquido gira entre pagamentos e recebimentos, ou seja, tem relação direta com o ciclo financeiro da companhia.

Primeiro, a empresa dispõe de certa quantia em caixa. Depois, utiliza parte da quantia para comprar seus produtos, ou seja, gasta com os fornecedores. Por último, recebe de seus clientes e o dinheiro retorna para o caixa.

Perceba que, por conta desse fluxo e da facilidade com que o capital entra e sai da empresa, ele é chamado de circulante líquido.

Qual a importância de se calcular o Capital Circulante Líquido?

Mesmo que seja um dinheiro circulante, ele é completamente responsável por custear todas as despesas operacionais. Portanto, deve ser muito bem administrado, para que a empresa não sofra impactos negativos em sua receita.

Você sabia que o fator predominante, no que diz respeito à falência de empresas, é a falta de administração sobre o capital circulante líquido?

Isso porque, em determinado momento do ciclo financeiro, a empresa paga pelo produto de seu estoque, espera até que esse mesmo produto seja vendido e, só então, recupera o dinheiro investido.

Perceba que, até o recebimento acontecer, a empresa fica com menos recursos disponíveis.

Daí que vem a importância do cálculo: a indisponibilidade do capital não pode ser total, afinal, ainda existem despesas e custos a serem arcados, como aluguel, remuneração de funcionários, água, energia elétrica, entre outros.

Como o Capital Circulante Líquido deve ser calculado?

Existe uma fórmula específica e muito simples, utilizada para o cálculo do capital circulante líquido. Veja:

CCL = AC (ativo circulante) – PC (passivo circulante).

Vamos ilustrar um exemplo para que você entenda como o CCL é calculado na prática:

Suponhamos que o AC de uma empresa seja R$10.000,00 e o PC seja R$5.000,00. Logo, o valor de CCL ficará em R$5.000,00.

Isso significa que a empresa possui capital circulante líquido suficiente para cobrir todos os gastos e despesas, havendo até um superávit – lucro excedente – considerando o período calculado.

Por outro lado, se a empresa possuir o AC de R$10.000,00 e o PC de R$20.000,00, o CCL ficará negativo em R$10.000,00.

Nesse caso, a companhia terá um déficit em seu capital circulante líquido, também considerando o período calculado, e precisará recorrer ao capital de terceiros para financiar e continuar com suas atividades operacionais.

Qual é a melhor estratégia para administrar o Capital Circulante Líquido?

Como o CCL tem relação direta com o ciclo financeiro da empresa, a melhor estratégia é diminuir esse ciclo ao máximo possível.

Conforme citado anteriormente, o ciclo começa com o pagamento do fornecedor e se encerra com o recebimento do cliente. Ou seja, primeiro o dinheiro sai e posteriormente retorna.

O ideal é que o gestor da companhia consiga adiar ao máximo o pagamento de seus fornecedores e antecipar ao máximo o recebimento de seus clientes.

Dessa forma, o ciclo fica cada vez menor e, automaticamente, a empresa conta com o capital circulante líquido reduzido pelo menor período de tempo possível!

Além disso, calcular corretamente as despesas e custos, sejam eles fixos ou variáveis, também será de grande ajuda. Assim, a empresa não sofre qualquer tipo de prejuízo financeiro ao longo do ciclo.

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