termos

AP – Ativo Permanente

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:21/01/2019 às 04:41 - Atualizado 3 anos atrás
Compartilhe:

O que é ativo permanente?

Ativo permanente era o grupo do balanço patrimonial relativo ao bens ou direitos de natureza duradoura. Este valores eram destinados à manutenção da empresa e, por isso, eram essenciais.

Este grupo de contas, na verdade, foi extinto aqui no Brasil em dezembro de 2008 através da medida provisória 449.

Essa medida foi convertida na Lei 11.638/2007 e, então, o ativo permanente passou a ser chamado de ativo não circulante, porque houve toda uma modificação na estrutura do balanço patrimonial.

Mesmo que o ativo não circulante seja considerado de baixa liquidez, ainda assim é importante para as atividades de uma empresa.

E, em uma análise fundamentalista - que é uma análise feita com base em fatos contábeis - fica claro o quanto esse grupo de contas, agora ativo não circulante, é de suma importância para a manutenção do dia a dia empresarial.

O ativo permanente ou ativo fixo simbolizava direitos a receber num prazo superior a 365 dias e bens cuja intenção não era de venda no curto prazo.

O que compõe o ativo permanente?

O ativo permanente era formado por:

  • Diferido;
  • Intangível;
  • Investimento e;
  • Imobilizado.

Diferido: são despesas que ajudam na formação do REF- resultados de exercícios futuros. Exemplos: gastos de implantação e gastos pré-operacionais, gastos com pesquisas e reestruturações.

Intangível: também são chamados de incorpóreos e são destinados às atividades principais da empresa. Exemplos: marcas e patentes.

Investimento: bens e direitos em participação em outras empresas.

Imobilizado: bens tangíveis relacionados com a manutenção da atividade da empresa. Exemplos: edifícios, salas.

Como ficou a estrutura das contas após a medida provisória?

Agora o antigo ativo permanente passa a se chamar ativo não circulante e terá a seguinte composição.

  • Realizável a longo prazo;
  • Investimentos;
  • Imobilizado;
  • Intangível.

Então foi assim que esse grupo de contas passou a ter uma composição diferente, mas com mais especificidade das mesmas.

Por que houve essa alteração de ativo permanente para não circulante?

Tendo em vista as várias interações do país com outras nações, e da preocupação em se manter dentro dos padrões internacionais, a legislação brasileira precisou ser adaptada para melhor servir aos investidores estrangeiros.

O objetivo da atualização era, na verdade, levar o Brasil a um novo patamar global dando maior transparência às atividades empresariais.

Veja abaixo a nova estrutura de contas no Balanço Patrimonial:

Antes da nova leiDepois da nova lei
Ativo CirculanteAtivo Circulante
Realizável a LPAtivo não circulante
Ativo PermanenteRealizável a LP
InvestimentoInvestimento
ImobilizadoImobilizado
DiferidoIntangível
Passivo CirculanteDiferido
Passivo Exigível LPPassivo Circulante
Reserva de Exercícios FuturosPassivo não Circulante
Patrimônio Líquido Exigível a LP
Capital socialResultados de exercícios futuros
Reserva de capitalPatrimônio Líquido
Reserva de reavaliação Capital social
Lucros ou Prejuízos acumuladosReserva de capital
Reservas de lucros
Ajuste de avaliação patrimonial
Ações em tesouraria
Prejuízos acumulados

Então, tendo em vista uma maior adequação ao padrão contábil internacional é que houve essa mudança de grupo de contas.

No que essa mudança na lei interfere?

Tanto os contadores como os investidores têm agora à sua disposição mais fidedignidade das informações administrativas e, principalmente, as contábeis.

É uma forma de espelhar na nossa legislação o que já vem sendo posto em prática lá fora. E também o excesso de termos só ajuda na confusão na hora de se investir.

Para os investidores é uma ótima possibilidade de maior compreensão acerca dos dados ali detalhados para que eles possam investir com mais acurácia.

Outro ponto importante a mencionar, é que a estrutura do balanço em si fica mais organizada facilitando o entendimento por parte das pessoas.

Sobre o autor
Equipe Mais RetornoA Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!
Mais sobre