Safra demite 147 assessores, 85 deles apenas em SP
Segundo o Safra, maior parte dos demitidos não conseguiu aprovação para certificado CPA-20, obrigatório no banco para a atividade de assessoria de investimento
O banco Safra demitiu na semana passada 147 funcionários, a maior parte deles alocada no programa Top Advisor, que prepara futuros executivos para atuarem como assessores de investimentos do banco. Os cortes foram em todo o País, segundo o Sindicato dos Bancários. Desse total, 85 desligamentos aconteceram na sede do banco, na capital paulista.
O banco não confirma o número nacional de 147 cortes, protocolado pelo sindicado, mas apenas as 85 demissões conduzidas na cidade de São Paulo.
De acordo com o sindicato, em nota encaminhada à Mais Retorno, a justificativa para as demissões foi o não cumprimento de metas. “Mas os trabalhadores reclamam, e com razão, que grande parte das metas eram inalcançáveis”, afirma o texto.
“As metas são inatingíveis porque a economia está parada, não tem gente abrindo mercado, não tem gente abrindo estabelecimento comercial", pontua Flávio Monteiro, que além de funcionário do Safra é diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Procurado, o banco rebate a versão sindical. Afirma que o Top Advisor não se trata de um departamento dentro do Safra, mas um programa de desenvolvimento profissional mantido pela instituição, uma espécie de programa de trainees. .
Segundo o banco, o programa também não foi encerrado, ele será mantido para outras temporadas.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Safra diz que uma parte dos trabalhadores foi dispensada por não ter conseguir aprovação na prova de Certificação Profissional ANBIMA – Série 20 (CPA-20), mandatória no banco para quem desempenha atividades de agência ou de plataformas de atendimento na venda de produtos de investimento para clientes.
Outra parte dispensada, diz o Safra, não teria se adaptado ao modelo de atuação do Safra.