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Mercado Financeiro

Rebalanceamento da carteira: como melhorar o rendimento dos meus investimentos

Você já ouviu falar em rebalanceamento de carteira? Veja como funciona essa estratégia e quais os benefícios para o seu portfólio de investimentos.

Data de publicação:22/12/2021 às 16:38 -
Atualizado 2 anos atrás
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Você faz todo um estudo de investimentos, organiza a sua carteira e fica tranquilo quanto ao risco do seu portfólio. Eis que, semanas depois, os rendimentos fazem com que ela fique toda desconfigurada.

Isso pode ser um problema, pois altera completamente a estratégia inicial. É por isso que, periodicamente, é mais do que recomendado realizar o que se chama de rebalanceamento da carteira.

Hoje, nós vamos te explicar como funciona esse processo e, claro, como aplicá-lo na prática junto ao seu patrimônio. Vamos lá?

O que é rebalanceamento da carteira?

Em primeiro lugar, o que significa realizar o rebalanceamento da carteira? Trata-se de uma expressão comum no mercado financeiro para alguns ajustes no seu portfólio de investimentos.

Imagine que, por exemplo, você crie uma estratégia de alocação que consista em investir 70% do seu portfólio em renda fixa, enquanto que os outros 30% fiquem destinados à renda variável.

Suponha agora que, após três meses, as ações das suas empresas ofereçam uma forte valorização que façam a sua exposição aos ativos de risco suba para 42%. Ou seja, agora o seu patrimônio está com um perfil diferente do que foi traçado inicialmente.

É neste ponto que podemos realizar um balanceamento da carteira. Consiste em reavaliar as posições atuais e realizar alguns ajustes sobre os investimentos, de modo a manter a estratégia original.

Quais são as vantagens do rebalanceamento da carteira?

Existem inúmeros motivos pelos quais você deveria fazer uma análise do seu portfólio de investimentos de tempos em tempos. Vamos explorar um pouco dos principais benefícios dessa atividade.

Manutenção do perfil de risco

O primeiro ponto você já sabe: o rebalanceamento da carteira de investimentos permite que você mantenha o nível de risco do seu patrimônio de acordo com o seu próprio perfil como investidor.

No exemplo que demos anteriormente, a parcela de renda variável expandiu para 42% — praticamente metade de todo dinheiro investido. Essa exposição pode ser muito alta para alguém com um perfil mais moderado ou conservador, de modo que um período de recessão (quando a bolsa de valores tende a sofrer com quedas significativas) afetaria demasiadamente o seu emocional.

O contrário pode acontecer. Após uma desvalorização dos seus ativos de risco, a carteira fica mais concentrada em renda fixa. Se esse é o objetivo, não há problema. No entanto, para quem pensa em melhores rendimentos no longo prazo, a estratégia perde a sua essência.

Comprar na baixa, vender na alta

Existe um mantra muito repetido pelos grandes gestores de ações como um trunfo para quem deseja ganhar dinheiro no mercado de renda variável: "compre na baixa e venda na alta".

É claro que saber exatamente os períodos de baixa ou alta do mercado financeiro é um exercício desafiador. Não há, inclusive, muitos casos de sucesso quando o assunto é realizar o que se chama de Market Timing. O ideal, ao menos para a maior parte das pessoas, é focar em um portfólio de longo prazo.

Neste caso, como fazer para aplicar esse mantra na prática? A resposta é bem mais simples do que parece. Basta realizar o rebalanceamento de carteira periodicamente.

Vamos retomar o nosso exemplo inicial, onde a alocação ideal seria de 70% em renda fixa e 30% em renda variável. Como a renda variável se valorizou, o ideal seria vender uma parte desse ganho e reinvestir na renda fixa. O contrário também pode acontecer: após uma baixa do mercado de ações, você pode comprar mais ativos de risco, mantendo a estratégia equilibrada.

Veja que, ao realizar esse movimento, você vai efetivamente seguir a dica dos principais especialistas do segmento: realizar o lucro em momentos de alta (quando o otimismo deixa a relação de risco vs. retorno menos atrativa na renda variável) e comprar quando todos estão pessimistas. No longo prazo, essa abordagem costuma oferecer excelentes resultados.

Manutenção de uma carteira diversificada

Por fim, há ainda um benefício importante do rebalanceamento da carteira que consiste na manutenção de uma carteira diversificada. Ao ignorar esse processo, você pode ter uma concentração excessiva em uma classe de ativos — algo que pode funcionar para perfis específicos, mas não é o que recomendamos aos nossos leitores.

Desta forma, ao manter a alocação definida, você consegue seguir com uma parte do seu portfólio em cada tipo de investimento, conforme o seu planejamento inicial.

Isso sem falar que, em muitos casos, uma baixa da bolsa de valores abre oportunidades de comprar ótimas empresas a preços menores. E, ao manter a sua diversificação, o balanceamento dos seus investimentos permite aproveitá-las.

Como realizar o rebalanceamento da carteira?

Diante dos benefícios que apresentamos anteriormente, seria bem legal que você tivesse uma rotina de aplicar o rebalanceamento ao seu portfólio de investimentos. A estratégia, contudo, exige que você passe por algumas etapas.

A primeira delas, claro, é a definição de uma alocação. Existem diversos modelos para esse objetivo como, por exemplo:

  • Alocação estratégica: consiste em montar a alocação de acordo com os rendimentos médios. Se você tem um ganho médio anual de 20% com renda variável e 10% em renda fixa, poderia então mesclar as duas classes de ativos visando uma rentabilidade de 15% ao ano, por exemplo;
  • Alocação tática: neste modelo, a alocação por classe de ativo é feita com base em uma estrutura definida previamente. No entanto, essa alocação pode ser ajustada para aproveitar situações específicas — inclusive de curto prazo;
  • Alocação dinâmica: um terceiro modelo de alocação visa definir um percentual e ajustar periodicamente as proporções, em prazos mais curtos, para garantir que a estratégia seja cumprida. O prazo pode ser mensal, por exemplo.

Partindo do princípio que você já tem a sua estratégia de alocação definida (afinal, não é o foco deste artigo), podemos então passar para o rebalanceamento de carteira. Para isso, precisamos de duas respostas básicas. Vamos a elas.

Variação percentual: quanto a minha carteira pode desbalancear?

O primeiro ponto a planejar em qualquer reajuste de carteira é o limite de desbalanceamento que você planeja aceitar.

Isso porque é natural que alguma mudança em relação ao portfólio inicial aconteça de acordo com os rendimentos dos seus investimentos. E não há necessidade de mantê-lo 100% ajustado, pois seria um trabalho imenso.

Se a sua alocação em renda fixa deve ser de 70%, como em nosso exemplo anterior, não há necessidade de ajuste caso ela caia para 68% ou suba para 72%. Neste caso, a estratégia estaria muito próxima do seu planejamento.

No entanto, variações maiores podem mudar o perfil de risco da sua carteira. E, neste caso, é necessário interferir com um rebalanceamento. O percentual pode ser 5%, 7%, 10%... A definição é muito pessoal e será seu ponto de partida.

Prazo: de quanto em quanto tempo farei os ajustes?

Outro ponto importante na sua estratégia de balanceamento é definir a periodicidade. Afinal, de quanto em quanto tempo será necessário alterar a sua alocação? Novamente, a resposta ideal pode variar de pessoa para pessoa.

De um modo geral, isso depende muito do fluxo de aportes. Se você tem o hábito de investir mensalmente, pode usar os próprios aportes para esse objetivo. Ou seja, aproveitar os novos recursos para investir na classe de ativos que perdeu representatividade dentro da sua carteira de investimentos.

Por outro lado, se não há o hábito de novos aportes, então é importante avaliar um período de tempo para esse exercício. O ideal é que seja ao menos semestral, evitando grandes impactos dos rendimentos sobre a sua alocação. Contudo, o processo pode ser mensal ou trimestral.

Independente do tempo escolhido, como não existe a entrada de capital para novos investimentos, o jeito é vender o que se valorizou, realizando o lucro, para liberar recursos no balanceamento. Novamente, evite prazos muito curtos, pois você pode acabar prejudicando a sua rentabilidade com taxas e impostos.

De qualquer forma, o rebalanceamento da carteira é fundamental dentro de qualquer estratégia de investimentos para manter a tranquilidade e a execução da alocação definida. E, no longo prazo, é mais uma ferramenta para maximizar a relação entre risco e retorno de um portfólio.

Sobre o autor
Mais Retorno
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