Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Renda Fixa

Qual valor mínimo para investir na Poupança?

A poupança é a aplicação mais tradicional do Brasil. Embora ela apresente a pior rentabilidade entre os investimentos, a poupança se tornou o primeiro contato que a…

Data de publicação:27/05/2021 às 18:37 -
Atualizado 3 anos atrás
Compartilhe:

A poupança é a aplicação mais tradicional do Brasil. Embora ela apresente a pior rentabilidade entre os investimentos, a poupança se tornou o primeiro contato que a população brasileira teve com o mercado financeiro.

O Raio X do Investidor Brasileiro, levantamento feito pela Associação Brasileira das Entidades de Mercados Financeiro e de Capitais – Anbima, aponta que 84% dos investidores brasileiros possuem dinheiro aplicado na caderneta de poupança. Outro dado importante desse levantamento é que aproximadamente 67 milhões de pessoas no Brasil têm pelo menos 100 reais guardados na poupança.

Essa aplicação conta com vários pontos positivos, como praticidade e segurança. Mesmo assim, há outras opções de títulos de renda fixa mais rentáveis e com similar segurança à poupança. Nesse artigo, você vai conhecer qual valo mínimo para investir na poupança, como acontece a rentabilidade da poupança, conhecer alternativas de aplicação e saber se vale a pena investir.

Por que a poupança é tão popular?

A poupança é a aplicação mais comum que existe no Brasil. Uma das suas principais vantagens é a facilidade em investir. A poupança é uma espécie de conta bancária, que fornece uso de cartão de débito, saques, depósitos e transferências. Muitas vezes, a caderneta está integrada à uma conta corrente, o que torna o processo ainda mais prático.

A poupança é uma modalidade de investimento de baixo risco. Além disso, seus rendimentos têm isenção do Imposto de Renda. No entanto, a longo prazo, aplicar na poupança se torna um investimento pouco rentável, principalmente quando o cenário aponta para inflação alta e juros baixos. Em alguns períodos econômicos, a rentabilidade da poupança chegou a ficar negativa.

Entre outras palavras, os rendimentos adquiridos ficam menores que a inflação do período. Com isso, o dinheiro perde poder de compra.

Veja como funciona a caderneta de poupança.

ÂncoraComo funciona a Poupança?

A poupança é um investimento de renda fixa acessível, simples e disponível para qualquer pessoa. Inclusive, menores de idade, representados por um responsável legal, podem ter uma conta poupança.

Para ter acesso a essa aplicação, escolha o banco da sua preferência, apresente os documentos necessários para a abertura da conta e aguarde a aprovação. Lembrando que a seleção do banco não influencia na rentabilidade. Os rendimentos da poupança funcionam da mesma forma para todas as instituições bancárias. Diante disso, é importante conhecer alguns detalhes de funcionamento dessa aplicação.

Aniversário da poupança

A rentabilidade da poupança acontece mensalmente, na chamada “data de aniversário”. Esse dia do mês é a data que aconteceu o depósito, ou seja, se uma aplicação foi feita no dia 15 de um determinado mês, seus rendimentos serão creditados no dia 15 do mês seguinte.

Se o resgate acontecer no dia 14, será perdido todo rendimento do período. Os rendimentos na poupança não são formados diariamente, eles acontecem apenas se completar o mês. Se tiverem várias aplicações em diferentes dias, haverá rentabilidade em datas variadas.

O modelo de rentabilidade da poupança é diferente de todas as outras aplicações de renda fixa. Nos CDBs ou fundos de renda fixa, os rendimentos se apresentam como uma taxa mensal ou anual, que é creditada diariamente para os investidores.

Entre outras palavras, o investidor pode até resgatar o dinheiro no período de um mês, mas ele irá receber a remuneração proporcionalmente ao tempo que manteve o investimento.

Destino dos recursos

Além de oferecer rentabilidade aos investidores, a caderneta de poupança também possui um papel social. De acordo com as diretrizes governamentais, 65% dos recursos aplicados na poupança devem ser destinados ao mercado imobiliário obrigatoriamente. Entre outras palavras, a maior parte da aplicação na poupança somente é utilizada para que os bancos ofereçam créditos de financiamentos para quem deseja comprar um imóvel próprio.

Garantias

Uma das principais vantagens da poupança é a segurança ao investir. Essa aplicação está protegida pelo FGC – Fundo Garantidor de Créditos. Essa garantia assegura que aplicações de até 250 mil reais por CPF e por instituição bancária sejam devolvidas aos investidores caso haja calote ou falência do banco.

Liquidez

Outra característica bastante atrativa da poupança é a facilidade de resgate. Caso o investidor solicite o resgate, o dinheiro vai cair na conta corrente em instantes, de forma simples e sem burocracia.

Na prática, isso significa que a poupança tem uma liquidez diária e alta, pois os resgates podem acontecer sem complicação e a qualquer momento.

Muitos fundos multimercados demoram dias, até semanas, entre o pedido de resgate e a efetivação do saque. O nível de liquidez desses fundos é baixo em comparação a poupança.

Taxas e custos

Outra vantagem da poupança é a isenção de custos e taxas. Taxas de administração, manutenção, abertura e performance são proibidas por lei.

Além disso, a caderneta de poupança não sofre incidência de tributos. Mesmo isenta de pagar Imposto de Renda, é preciso incluir a aplicação na Declaração anual de IR.

ÂncoraQual é o Rendimento da Poupança?

Não há valor mínimo para investir na poupança. Essa é considerada uma vantagem da caderneta em relação outras aplicações de renda fixa.

A poupança foi criada no século 19 pelo imperador Dom Pedro II. Naquele período, seu rendimento era de 6% ao ano. Muitas pessoas acreditam que até hoje o rendimento da poupança é sempre de 0,5% ao mês, acrescido da variação da TR – Taxa Referencial.

No entanto, ao longo da sua história, os rendimentos da poupança sofreram alterações. Em meados dos anos 90, o cenário econômico brasileiro era instável, a inflação era volátil e alta. Mesmo com ganhos mais altos, não superavam a perda do poder de compra, por conta da inflação. Confira os dados abaixo:

1995 – Rendimento da poupança foi de 12,9%

1996 – Rendimento da caderneta foi de 5,27%

1997 – Rendimento foi de 11,56%

1998 – Rendimento ficou em 11,79%

1999 – Rendimento foi de 2,4%

A partir dos anos 2000, os rendimentos da poupança começaram a ser significativamente baixos. Em 2002, a rentabilidade da caderneta ficou negativa em -2,8% ao ano, abaixo da inflação.

A poupança antiga, como é chamada a aplicação que existe antes de 2012, tem a seguinte regra de rendimento: Taxa de juros de 0,5% ao mês + TR (taxa referencial). Infelizmente, nos últimos anos a TR tem sido zero. Portanto, pela norma antiga, a rentabilidade dos depósitos feitos até o início de 2012 é em torno de 6% ao ano.

Taxa Referencial

O rendimento da poupança está atrelado à TR. Essa taxa é uma média ponderada das 30 principais instituições bancárias brasileiras, referente aos juros cobrados pelos CDBs – Certificados de Depósitos Bancários diariamente.

A TR foi criada em 1990 para auxiliar no controle da inflação. No entanto, a Selic, taxa básica de juros, vem cumprindo essa função nos últimos anos. Desde 2017, o valor da TR é zero.

Rendimento da poupança atual

A partir de 2012, as regras de rentabilidade da poupança mudaram e são aplicadas em todas as instituições bancárias do país. Os rendimentos da caderneta passaram a ficar atrelados à Selic. Em resumo, a rentabilidade da poupança atual funciona da seguinte forma:

Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano – A Rentabilidade da poupança vai ser de 0,5% mensalmente mais variação da TR. Entre outras palavras, ela vai funcionar igual a poupança antiga.

Quando a Selic está abaixo ou igual de 8,5% ao ano – A rentabilidade da poupança vai ser o equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR.

Essa nova regra passou a valer para depósitos a partir de 4 de maio de 2012. Os investidores que tinham dinheiro aplicado antes dessa data vão continuar a receber conforme os rendimentos da poupança antiga.

Nos últimos anos, os rendimentos da poupança oscilaram. Em maio de 2012, a Selic atingiu 8,5% e permaneceu abaixo disso até agosto de 2013. A partir daí, os juros voltaram a subir. Em setembro de 2017, a Selic estava acima de 8,5% ao ano, fazendo com o rendimento da poupança despencasse.

Atualmente, a Selic encontra-se em 2,75% ao ano, o que garante um rendimento baixo para a poupança atual. Pelo cálculo, a poupança vai render neste ano 1,9%, valor bem menor do que quase 6% da poupança antiga.

Dessa forma, as novas regras de rendimento da poupança apresentam taxas de juros limitadas. Se a Selic está elevada, a caderneta rende mais. No entanto, espera-se uma inflação maior também. Quando há um cenário de juros baixos, a rentabilidade é reduzida.

ÂncoraComo a inflação afeta a poupança

Uma das principais razões para as pessoas investirem no mercado financeiro é protegerem suas economias da inflação. A inflação funciona como benchmark para a rentabilidade da poupança. Ela deve ser considerada no cálculo para a identificação real do rendimento. Em outras palavras, a inflação vai dizer se o dinheiro rendeu realmente em relação ao poder de compra.

Os preços dos serviços e produtos variam com o tempo na economia. O resultado disso é a inflação, que vai destruindo o valor do dinheiro. Por isso, é importante avaliar a taxa de juros de uma aplicação comprando com a inflação, pois muitas vezes o valor aplicado passa a valer menos com o passar do tempo, por conta da deterioração do dinheiro.

Como visto, a rentabilidade da poupança cai a cada ano. Isso é um problema para investidores que mantêm todos seus recursos alocados na caderneta. Investimentos que oferecem rendimento baixo como a poupança ficam cada vez mais próximos da inflação. Muitas vezes, até abaixo dela.

Num quadro comparativo, confira o rendimento da poupança em relação a inflação, nos últimos sete anos:

AnoRendimento da PoupançaInflação (IPCA)
20147,07%7,39%
20158,07%11,54%
20168,30%7,31%
20176,61%3,26%
20184,62%4,20%
20194,26%4,52%
20202,11%4,52%
Dados do Banco Central e Abecip – Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança.

Como é possível verificar na tabela, o rendimento real da poupança, quando descontada a inflação, está baixo e até mesmo negativo. Por exemplo: Um investidor que aplicou na poupança R$ 10.000 em 1º de janeiro de 2020, fechou um ano depois com rendimento de R$ 211. De acordo com o quadro, o rendimento da poupança em 2020 ficou abaixo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que foi de 4,52%.

Entre outras palavras, mesmo que o investidor tenha ganho 211 reais em rentabilidade, ele perdeu em poder de compra, pois os preços dos produtos e serviços aumentaram.

ÂncoraQuatro investimentos mais rentáveis que a Poupança

Diante desse cenário, há outras modalidades de investimento de renda fixa com rendimentos mais atraentes. É possível encontrar no mercado financeiro ativos com características similares à poupança: seguros, alta liquidez, isenção de taxas, entre outros.

A escolha vai depender do perfil do investidor e dos objetivos da aplicação. Confira a seguir outros tipos de investimentos:

CDBs – Os Certificados de Depósito Bancários são títulos de renda fixa emitidos por bancos para captar recursos e financiar operações de créditos como empréstimos e financiamentos. Alguns CDBs podem pagar em rendimentos até 100% do CDI. Além disso, os CDBs estão cobertos na garantia do FGC.

LCI e LCA – As letras de crédito, seja do agronegócio (LCA) ou do setor imobiliário ( LCI), são ativos de renda fixa com isenção de Imposto de Renda. Além disso, elas estão garantidas pelo FGC e rendem, em média, 100% do CDI.

Tesouro Direto – Títulos públicos de renda fixa que funcionam como uma espécie de empréstimo de dinheiro para o Governo. É considerado um dos ativos mais seguros do país. Sua rentabilidade acompanha a taxa Selic, podendo pagar 100% dela. A desvantagem é que há tributação de imposto de renda sobre os títulos do tesouro direto.

Fundos de renda fixa – Fundos que investem em papéis que pagam juros. A rentabilidade é mais alta, mas os fundos não estão cobertos pelo FGC. Além disso, há cobrança de tarifas, custos e incidência de Imposto de Renda.

Bolsa de Valores – é possível investir em ações, fundos imobiliários, ETFs, com rentabilidade bem maior que a poupança. Essas modalidades de investimentos são voltadas para investidores mais arrojados pois os riscos são maiores.

Vale a pena investir na Poupança?

Durante muito tempo, a poupança era a única opção de investimento para boa parte da população brasileira. Nos últimos 10 anos, o mercado financeiro se modernizou, trazendo mais diversidade com fundos de renda fixa, fundos multimercados, fundos variáveis, entre outros.

Por isso, deixamos aqui o conhecimento sobre este tipo de investimento mas com isso uma dica importante: busque entender qual o seu perfil de investidor e suas metas para a aplicação do seu dinheiro, assim será possível identificar as melhores opções de investimentos para você!

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!
Mais sobre