Produção da Petrobras sobe 2,2% em abril ante março
Volume do período somou 2,815 milhões de barris de óleo equivalente por dia, mesmo patamar de janeiro
A produção da Petrobras em abril subiu 2,2% na comparação com o mês de março, para 2,815 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), voltando ao patamar de janeiro deste ano, segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A estatal produziu em média 2,181 milhões de barris de petróleo por dia (b/d) no mês passado, alta de 2% contra março, e a produção de gás natural voltou ao nível de 100 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), também registrado em janeiro, e fechou o mês com produção média de 100,8 milhões de m3/d.
Já a produção nacional da Petrobras subiu 0,8% em abril contra março, para 3,859 milhões de boe/d, sendo 2,988 milhões de b/d de petróleo, 0,6% acima de março; e 136,8 milhões de m3/d de gás natural, 1,7% a mais do que no mês anterior.
A produção no pré-sal também evoluiu, para 2,911 milhões de boe/d, representando 75,45% do total produzido no País.
O campo de Tupi permanece como o maior campo produtor, contribuindo com 40,9% do petróleo produzido no pré-sal, seguido de Búzios, com 24,8%. A produção de petróleo de Tupi, porém, registrou queda de 5,33% em abril, e a de gás natural, de 4,14%.
Privatização da estatal
Pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira, 20, mostrou que 67% dos entrevistados seriam favoráveis à privatização da Petrobras caso haja segurança de que a venda da estatal leve à queda do preço dos combustíveis.
De acordo com o levantamento, sem expectativa de alteração nos preços em caso de privatização, 49% da população diz não concordar com a venda da companhia, contra 38% favoráveis.
Para 44%, os preços dos combustíveis aumentariam ainda mais no caso da privatização da estatal.
A pesquisa foi realizada na semana seguinte ao pedido estudos feito pelo novo ministro de Minas e Energia (MME), Adolfo Sachsida, para a inclusão da Petrobras no programa de desestatização do governo.
Responsabilidade
Em relação à responsabilidade pelo aumento no valor do combustível, 64% dos entrevistados consideram que a estatal tem "muita responsabilidade" sobre as sucessivas elevações nos preços. Para 45%, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), teve muita responsabilidade.
A guerra na Ucrânia foi apontada por 40% dos entrevistados como muito responsável pela alta nos preços, mesmo porcentual que considera os governadores como principais responsáveis.
Do total de entrevistados, 37% deles classificaram como muito responsáveis os governos anteriores, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 16, 17 e 18 de maio.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08011/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos porcentuais. / com Agência Estado