Brian Armstrong, fundador da Coinbase, embolsou US$ 13 bilhões com a chegada à Nasdq, já se envolveu em polêmica
Brian Armstrong é o mais novo integrante do seleto grupo de bilionários do ranking top 250, da Bloomberg. Ele é cofundador da Coinbase Global, maior corretora…
Brian Armstrong é o mais novo integrante do seleto grupo de bilionários do ranking top 250, da Bloomberg. Ele é cofundador da Coinbase Global, maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, que atingiu patrimônio de US$ 13 bilhões com a listagem das ações da companhia na Nasdaq, realizada ontem. Na máxima do pregão, a avaliação da empresa ultrapassou os US$ 100 bilhões, valor que a coloca entre as 85 mais valiosas, de acordo com a CNBC, e, consequentemente, turbina a fortuna de seus donos.
Assim como outras figuras que transformaram pequenos negócios do Vale do Silício em bilhões de dólares, entre eles o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, o executivo de 38 anos tem pretensões que vão além dos negócios e entram no campo das mudanças de comportamento.
Em uma série de postagens feitas ontem em sua conta do Twitter para seus 570 mil seguidores, Armstrong apresentou um discurso idealista sobre o futuro de seus negócios. “Criptomoedas podem fornecer os fundamentos da liberdade econômica para qualquer pessoa: direitos de propriedade, dinheiro sólido, livre comércio e a capacidade de trabalhar como e onde quiserem”, diz. “Sociedades com maior liberdade econômica têm maior crescimento do PIB e expectativa de vida, menos guerra e corrupção, melhor tratamento do meio ambiente e maior renda para os 10% mais pobres da sociedade”, completou.
A empresa que fundou com Fred Ehrsam em 2012 é, hoje, a principal plataforma de negociação desses ativos digitais, vistos com desconfiança por parte do mercado, por serem suscetíveis a altas volatilidades e livres dos controles de autoridades monetárias.
Brian Armstrong se envolveu em polêmica sobre racismo
Embora não seja chegado a aparições públicas e pouco se saiba sobre sua vida pregressa além da passagem como engenheiro de software pelo Airbnb, Armstrong se envolveu em polêmica. Em setembro do ano passado, em meio à efervescência das manifestações contra o racismo promovidas pelo movimento Black Lives Matter, nos Estados Unidos, o CEO publicou artigo no qual desencorajava funcionários da Coinbase a se posicionar a respeito do tema.
No texto, ele menciona a predominância de vieses progressistas em empresas do Vale do Silício, como Google e Facebook, e pede aos 1.420 funcionários para que se concentrem no trabalho. Embora tenha reconhecido as “boas intenções” dos manifestantes, Armstrong considerou que as pautas encampadas pelo movimento eram divisionistas e poderiam comprometer a geração de valor da companhia.
Houve quem o apoiasse em sua decisão, por considerar que se tratava de uma medida de promoção de um ambiente ideologicamente inclusivo. Existem queixas sobre companhias de tecnologia que, supostamente, constrangem e censuram empregados com visões de mundo conservadoras.
Sessenta trabalhadores que não concordaram com as diretrizes estabelecidas por Armstrong para a manifestação de opiniões políticas deixaram a Coinbase mediante incentivo equivalente ao pagamento de quatro a seis salários.
No mês seguinte à publicação do artigo, a tenista Serena Williams, que também atua como investidora, apagou as citações da Coinbase de seu site de capital de risco, o Serena Ventures.