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Moeda japonesa vira alvo de especulação de fundos de hedge em Wall Street, diz Dow Jones

Na última quarta-feira 10, o iene saltou em relação ao dólar, que em dado momento chegou a cair mais de 2% com dados da inflação dos EUA

Data de publicação:12/08/2022 às 11:13 - Atualizado 2 anos atrás
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Uma reportagem publicada pela Dow Jones Newswires destaca que os fundos de hedge (multimercado) e gestores de ativos do exterior têm especulado com o iene, intensificando flutuações da moeda japonesa que, de modo geral, é conhecida como refúgio em momentos de turbulência.

Na última quarta-feira 10, o iene saltou em relação ao dólar, que em dado momento chegou a cair mais de 2% frente à moeda do Japão, após novos dados mostrarem que a inflação dos EUA está desacelerando. Na quinta-feira 11, o o iene pouco se alterou.

Fundos de hedge estão especulando com o iene, moeda japonesa, em busca de proteção - Foto: Envato

Os ganhos do iene vieram depois do que já havia sido um período significativo de valorização, nas duas últimas semanas de julho. Vendedores de mesas de operações de Wall Street dizem que o movimento ocorreu após fundos de hedge saírem de apostas que teriam ganhos se o iene enfraquecesse a um certo nível.

Reviravolta

O avanço do iene foi uma reviravolta em relação a não muito tempo atrás, quando a moeda japonesa atingiu seu menor nível em mais de duas décadas. Na ocasião, o iene foi derrubado pela força do dólar, dificuldades econômicas globais e a disparada da inflação mundial.

"O iene vem mostrando volatilidade nas últimas sessões", comentou ao Dow Jones Kamakshya Trivedi, chefe de câmbio global, taxas de juros e pesquisa de estratégia de mercados emergentes do Goldman Sachs.

O iene é a terceira moeda mais negociada no mundo, depois do dólar e do euro, o que faz dele um importante ativo nos mercados financeiros. Investidores normalmente o procuram como porto seguro em momentos de incertezas nos mercados financeiros.

Mesmo após o terremoto seguido de tsunami do Japão de março de 2011, o iene disparou.

As oscilações recentes são o exemplo mais recente de como os aumentos de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) estão tumultuando os mercados globais. Os mercados de câmbio mantiveram a tranquilidade por anos seguidos após a crise financeira de 2008, mas, ao longo do último ano, voltaram à vida.

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Sobre o autor
Renato JakitasEditor-chefe do Portal Mais Retorno.