Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quarta-feira, 17 de agosto
Investidores aguardam documento do Fed e digerem dados econômicos locais e da zona do euro
A Bolsa segue próximo da estabilidade nesta quarta-feira, 17, em dia de publicação da ata da última reunião do Fomc (Copom americano) que será publicada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), às 15h (horário de Brasília).
Em dia de vencimento de opções na B3, às 12h06, o Ibovespa subia 0,25%, aos 113.800 mil pontos, e o dólar avançava 0,55%, cotado a R$ 5,17.
Os investidores seguem cautelosos antes da publicação do documento do Fed e esperam encontrar sinais sobre os rumos da política monetária do país, principalmente após a divulgação de dados da inflação de julho que apontam arrefecimento.
Bolsas americanas/principais índices
- S&P 500: -0,96%
- Dow Jones: -0,66%
- Nasdaq 100: -1,54% (dados atualizados às 12h07)
A ideia é entender se a autoridade monetária irá seguir com um aperto monetário mais agressivo ou vai relaxar um pouco o passo da alta dos juros.
Segundo o instrumento de medição do CME Group, as chances de o Fed elevar seus juros básicos em 75 pontos-base mais uma vez na próxima reunião, em setembro, ganharam força. Às 8h30 (horário de Brasília), a ferramenta colocava essa probabilidade em 50,5%, ante 41% no dia anterior. Já as chances de um aumento mais moderado, de 50 pontos-base, se reduziram para 49,5%, ante 59% na véspera.
O mercado também monitora as falas da diretora do Fed, Michelle Bowman, que vota nas decisões de política monetária do BC americano, em um cenário de incertezas dado aos temores de recessão global.
Além disso, ainda nos EUA, o mercado repercute dados de desempenho das vendas do varejo em julho, que ficaram estáveis no período ante o mês anterior, em US$ 682,8 bilhões, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Comércio.
O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,1% no período. Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano tiveram expansão de 0,4% no confronto mensal de julho. Neste caso, a projeção era de estabilidade.
Para os especialistas da Travelex, os indicadores americanos e a ata da reunião devem dar a tônica aos negócios locais ao longo do dia, em dia de agenda econômica mais fraca.
Nas commodities, os contratos futuros do petróleo seguem em alta e com maior volatilidade em relação às sessões anteriores. Já o minério de ferro cai pelo quarto dia seguido e se aproxima de US$ 100 a tonelada.
Brasil: IGP-10 arrefece 0,69% em agosto
No ambiente doméstico, o destaque são os dados do IGP-10 de agosto, divulgados durante a manhã pela FGV, que apontaram queda de 0,69% em agosto, após alta de 0,6% no mês anterior. O resultado veio em linha com as estimativas dos analistas de baixa de 0,63%. No ano, o indicador acumula alta de 8,43% e de 8,82% em 12 meses.
O dia na Bolsa
Na ponta positiva, as ações da Petrobras sobem em dia de valorização do petróleo e em meio às notícias de que a petroleira iniciou a etapa de divulgação de oportunidade de venda de participação de 40% na Bacia Potiguar. Às 11h56, a PETR3 subia 2,82% e a PETR4, 1,62%.
Do lado contrário, a desvalorização dos papeis da Vale (VALE3) impedem um avanço do Ibovespa. No mesmo horário, as ações da mineradora caíam 2,29%.
Maiores altas
Empresa | Ticker | Variação |
Cielo | CIEL3 | +3,26% |
Copel | CPLE6 | +2,89% |
Cemig | CMIG4 | +2,91% |
Cogna | COGN3 | +2,25% |
Petrobras | PETR3 | +2,70% |
Maiores baixas
Empresa | Ticker | Variação |
Qualicorp | QUAL3 | -3,36% |
Via | VIIA3 | -3,04% |
Vale | VALE3 | -2,29% |
Hapvida | HAPV3 | -2,42% |
Yduqs | YDUQ3 | -2,00% |
Mercado internacional
Bolsas europeias operam em queda com Fomc e dados abaixo do esperado
No velho continente, as principais bolsas negociam no negativo, com o mercado atento à ata do Fomc e digerindo dados da economia do bloco, que trazem redução do apetite ao risco.
Entre os números mais recentes divulgados nas últimas horas, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,6% no segundo trimestre de 2022 - em linha com a estimativa de 0,7% - ante os três meses anteriores e registrou alta de 3,9% na comparação anual.
No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) atingiu 10,1% em julho, ante 9,4% em junho. É a primeira vez, em 40 anos, que a inflação da região subiu para dois dígitos.
Bolsas europeias/principais índices
- Stoxx 600 (pan-europeu): -0,98%
- DAX (Frankfurt): -2,02%
- FTSE 100 (Londres): -0,328%
- CAC 40 (Paris): -1,08% (dados atualizados às 12h20)
Bolsas asiáticas concluem o dia no positivo
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, após sinais de que o governo chinês está disposto a dar mais apoio para conter a desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Na China, surgiram relatos de que o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, prometeu mais estímulos fiscais por meio de emissões de bônus do governo e pediu a autoridades locais de seis províncias para adotar mais medidas de incentivo ao crescimento.
No começo da semana, o governo chinês surpreendeu no âmbito monetário, ao anunciar um inesperado corte de juros na esteira de dados da indústria e do varejo que frustraram as expectativas, ainda em meio aos efeitos da severa política de "tolerância zero" contra a covid-19 implementada por Pequim. / com Agência Estado
Bolsas asiáticas/fechamento
- Xangai Composto (China continental): +0,45% (3.292 pontos)
- Nikkei (Tóquio): +1,23% (29.222 pontos)
- Hang Seng (Hong Kong): +0,46% (19.922 pontos)
- Taiex (Taiwan): +0,29% (15.465 pontos)
- Kospi (Seul): -0,67% (2.516 pontos)
- S&P/ASX 200 (Sydney): +0,31% (7.127 pontos)
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