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Bolsa
Mercado Financeiro

Bolsa sobe 0,50% com Petrobras e queda na curva de juros; dólar cai a R$ 5,21

Investidores repercutem os dados sobre a prévia da inflação de agosto

Data de publicação:25/08/2021 às 10:58 -
Atualizado 3 anos atrás
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Após trafegar até o meio da tarde em queda, a Bolsa virou o sinal e fechou em alta de 0,50%, aos 120.817,71 pontos nesta quarta-feira, 25. A Petrobras que, ao longo do dia, fez o mesmo movimento que o Ibovespa, foi a principal responsável por puxar o índice para cima.

Para Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, também contribuiu para o desempenho positivo a queda na curva de juros, mesmo após a divulgação do IPCA-15 de agosto, que veio acima das expectativas do mercado. Essa queda vem depois da notícia de que o presidente Jair Bolsonaro desistiu, pelo menos por ora, de apresentar o pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, o que ofereceu certo alívio ao bastante tenso cenário político do País.

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

O preço do petróleo avançou no mercado internacional nesta quarta-feira, com os estoques americanos recuando mais do que o esperado, o que indica uma maior demanda pela commodity. Acompanhando a alta, a Petrobras subiu 0,54% neste pregão.

Já a queda na curva de juros beneficia, principalmente, as empresas ligadas ao consumo e à construção civil. As varejistas Magalu, Lojas Renner e Lojas Marisa registraram valorização de 1,61%, 1,08% e 0,55%, nessa ordem. No campo das construtoras, Cyrela, Eztec e MRV seguiram no movimento de alta iniciado na véspera e fecharam com avanços de 3,87%, 1,33% e 1,88%, respectivamente.

Sobe e desce na B3

As ações ligadas ao minério de ferro fecharam sem sinal único, em parte corrigindo as altas elevadas registradas no último pregão. Vale e CSN caíram 0,21%, 2,31%, enquanto a Gerdau subiu 0,55% e a Usiminas, que passou a maior parte do dia no campo negativo, fechou em estabilidade, sem variação.

Os bancões fecharam em alta na Bolsa, o que ajudou a levantar o Ibovespa - juntos, eles respondem por cerca de 17% da carteira teórica da B3. Itaú, Bradesco e Santander apontaram valorização de 0,13%, 0,17% e 0,39%, respectivamente.

Após anunciar a compra da empresa Kangu, com o intuito de ampliar seus processos logísticos, o Mercado Livre avançou 0,87% na bolsa de Nova York. Já a BDR da empresa na B3 teve queda de 0,46%.

Algumas empresas tiveram alterações em suas recomendações por parte das casas de investimento. As ações da Mosaico tiveram variação negativa de 3,86%, às 14h31, após terem sido rebaixadas pelo Itaú BBA.

Inflação prévia de agosto

Durante a manhã, o mercado financeiro tomou conhecimento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação mensal, de agosto. Segundo o IBGE, o índice subiu 0,89% no período, ante 0,72% em julho.

De acordo com o levantamento, essa foi a maior variação para um mês de agosto desde 2002, quando o índice somou 1,00%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 9,30% em 12 meses. Em agosto do ano passado, o índice foi positivo em 0,23%.

De acordo com Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, o impacto do aumento de preços da energia elétrica no avanço da inflação segue sendo motivo de preocupação. “Esse item tem exercido pressão forte na inflação, o que pode estimular o Banco Central a subir os juros de forma ainda mais rápida”.

Para ele, não há uma sensação de melhora no quadro. “Parece que o Brasil vai até a última gota. Já vimos isso há poucos anos e sabemos que os efeitos disso são ruins. A energia elétrica será a grande vilã da inflação em 2021, o que deve levar a uma inflação maior, assim como a taxa de juros, até o final do ano”.

Dólar em baixa

O dólar fechou em queda de 0,61%, vendido a R$ 5,214. O recuo da moeda americana segue a baixa na curva de juros com uma perspectiva mais tranquila, pelo menos no curtíssimo prazo, em relação ao cenário político.

Auxílio emergencial

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo não tem mais capacidade de pagar o benefício de auxílio emergencial aos moldes que fez no ano passado.

"Quando a parcela era de R$ 600 por mês, nós nos endividamos na ordem de R$ 50 bilhões. É impossível continuar com essa política. Não basta a Casa da Moeda imprimir papel, precisamos que o campo produza e a cidade também", disse o presidente em entrevista.

Bolsonaro reconheceu que o pagamento do auxílio emergencial contribuiu para o aumento da inflação, mas ressaltou que o aumento de preços aconteceu no mundo inteiro e não apenas no Brasil. As declarações acompanham o trabalho do Ministério da Economia para ampliar programas sociais a partir de novembro, um mês após ter sido paga a última parcela do auxílio.

Segundo o presidente, o trabalho pode evitar um mal maior, uma vez que pessoas "sem trabalho e sem renda morrerão de fome". "O trabalho ajuda a prevenir as consequências mais nefastas da pandemia. Ter o corpo são é a melhor maneira de se imunizar contra tudo que está aí", afirmou.

Aras: recondução aprovada

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou, na véspera, por 21 votos a 6, a recondução de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República. Ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para um segundo mandato de dois anos mesmo estando fora da lista tríplice aprovada pela classe.

A indicação ainda vai passar por votação no plenário da Casa Legislativa. Aras precisa da maioria absoluta dos votos dos senadores - 41 dos 81 - para ter sua nomeação confirmada.

O procurador-geral da República chega ao final do primeiro mandato sob críticas por um suposto alinhamento ao governo federal.

Nas últimas semanas, ele foi alvo de notícias-crimes no Supremo Tribunal Federal (STF) e de uma representação no Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF) que lhe atribuíram crime de prevaricação - quando um servidor público não toma determinada ação que lhe compete em benefício de terceiros - para favorecer o presidente.

CPI da Covid: FIB Bank

Nesta quarta-feira, o colegiado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado ouve o presidente do FIB Bank, Roberto Ramos Junior. A empresa teve o nome envolvido nas investigações sobre a compra da vacina indiana Covaxin pela Precisa Medicamentos.

Na semana passada, a comissão aprovou a quebra de sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático do FIB BanK. Os senadores buscam entender o motivo da contratação da instituição, já que o FIB BanK, apesar do nome, não é um banco. 

Mesmo assim, a empresa ofereceu garantia financeira de R$ 80,7 milhões em um contrato firmado entre a Precisa e o Ministério da Saúde para a compra de 20 milhões de doses do imunizante indiano, pelo valor de R$ 1,6 bilhão.

Para a concretização da compra, o termo de contratação da vacina previu a necessidade de uma garantia no valor de 5% do total contratado.

EUA: bolsas no positivo

Em Wall Street, as bolsas de Nova York fecharam em alta, com os investidores um pouco mais otimistas com a perspectiva de avanço no combate à covid-19 nos Estados Unidos e no aguardo das falas dos dirigentes do Fed no Simpósio de Jackson Hole, que acontece na próxima sexta-feira, 27.

O índice S&P 500 subiu 0,25%, Dow Jones avançou 0,11% e Nasdaq 100 teve uma leve valorização de 0,07%.

Depois de o governo norte-americano ter concedido à Pfizer, na última segunda-feira, 23, o registro definitivo de sua vacina contra covid-19, o infectologista e principal conselheiro médico da Casa Branca, Anthony Fauci, disse esperar que os imunizantes da Moderna e da Johnson & Johnson recebam autorização integral da FDA, o órgão regulador de alimentos e medicamentos dos EUA, "relativamente logo".

As licenças permitem aos gestores públicos desenvolverem novas políticas para o combate à doença, alimentando expectativas de superação da pandemia e abrindo espaço para maior apetite a risco nos mercados.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, no dia anterior, uma medida para avançar com um orçamento de US$ 3,5 trilhões, além de marcar para o fim de setembro outra votação, sobre o pacote de infraestrutura de quase US$ 1 trilhão.

O acordo final, por 220 votos a 212, encerra um impasse entre um grupo de democratas de centro e seus líderes sobre a agenda legislativa do partido. "Dada a pequena vantagem que os democratas têm no Congresso, Wall Street está confiante de que seria feito um acordo para garantir os gastos com infraestrutura e avançar o orçamento", disse Edward Moya, analista da Oanda.

Com a votação sobre o marco orçamentário nesta terça na Câmara, foi destravado o processo que permitirá aos democratas aprovar um projeto com medidas sobre saúde, educação e clima no Senado sem o apoio do Partido Republicano, contando que os governistas tenham os votos de todos os seus 50 senadores.

O mercado segue ainda na expectativa pelo Simpósio de Jackson Hole. Para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, a LPL Markets, aponta que apesar dos comentários contínuos de alguns dirigentes que indicam que um aumento inicial das taxas de juros em 2022 pode ser apropriado, os investidores permanecem não convencidos.

Por sua vez, "o mercado estará atento a quaisquer pistas de Powell na sexta-feira que possa alterar essa visão", projeta.

Outro assunto que volta aos holofotes é a tensão EUA-China. O presidente da Comissão de Valores Mobiliários do país, Gary Gensler, prometeu cumprir um prazo de três anos para que as empresas chinesas listadas nas bolsas do país permitissem inspeções de suas auditorias financeiras ou enfrentarão o fechamento de capital.

Bolsas asiáticas fecham mistas

As bolsas asiáticas fecharam mistas nesta quarta-feira, com a tensão entre Estados Unidos e China de volta ao centro das discussões.

O índice japonês Nikkei fechou próximo da estabilidade, com leve queda de 0,03%, aos 27.724,80 pontos. Já o sul-coreano Kospi concluiu o pregão em alta de 0,27%, aos 3.146.81 pontos.

Já na Oceania, o índice S&P/ASX200 fechou o dia em alta de 0,39%, aos 7.531,90 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

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