Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quarta-feira, 19 de janeiro
Alta do petróleo e do minério de ferro lá fora refletem na valorização da ações da Petrobras e Vale
Após fechar o pregão da véspera em alta de 0,28%, a Bolsa começou suas atividades nesta quarta-feira, 19, no mesmo ritmo, acompanhando o exterior e guiada pelo forte avanço das commodities lá fora.
O preço da tonelada do minério de ferro segue a tendência de alta expressiva, o que reflete na valorização das ações da Vale - que sobe quase 2% - ativo que exerce forte peso na cesta de ações do Ibovespa. Às 14h00, o principal índice da B3 subia 1,71%, aos 108.509 pontos. O dólar caía 1,65%, cotado a R$ 5,469.
Os investidores seguem repercutindo o avanço da inflação global, o que parece ter ficado em segundo plano devido ao bom humor do mercado. Por aqui, a FGV divulgou durante a manhã a segunda prévia do IGP-M de janeiro, que apontou forte variação positiva, chegando a 1,95%, ante 0,43% na mesma leitura do mês anterior.
Na Europa, os investidores também repercutem os últimos dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro de 2021, tanto do Reino Unido quanto da Alemanha, que registraram alta no período.
De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o índice de preços ao consumidor do Reino Unido subiu 5,4% em dezembro de 2021 ante igual mês do ano anterior, cujo indicador contabilizou 5,1%.
O resultado mensal - o mais alto desde janeiro de 1997 - superou a expectativa dos analistas, que previam ganho de 5,2%, e afastou ainda mais a inflação britânica da meta do Banco da Inglaterra (BoE), de 2%.
Na Alemanha, o CPI atingiu 5,3% em dezembro do ano passado, ante 5,2% registrado no mês anterior, segundo dados publicados pela Destatis, agência de estatísticas do país. Em 2021, a inflação alemã teve alta média de 3,1% ante 2020, considerada a maior desde 1993.
Indicadores mais importantes da bolsas de Nova York
- S&P 500: + 0,11%
- Dow Jones: +0,20%
- Nasdaq 100: + 0,05% (dados atualizados às 14h03)
Fechamento/bolsas europeias
- Stoxx 600 (Europa): - 0,05% (480,90 pontos)
- FTSE 100 (Londres): + 0,40% (7.593 pontos)
- DAX (Frankfurt): + 0,24%(15.809 pontos)
- CAC 40 (Paris): + 0,55% (7.172 pontos)
Juros futuros
Após terem subido ontem, os juros futuros se ajustam em baixa nesta quarta-feira, 19, acompanhando o movimento do dólar ante o real e a melhora de humor externa, num dia de agenda local fraca e sem drivers relevantes.
No radar, em meio às preocupações fiscais, ficam os servidores públicos e a sanção do Orçamento de 2022 pelo presidente, esperada para até a próxima sexta-feira, 21.
Por volta das 14h desta quarta, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 recuava para 11,24%, de 11,48% na terça, e o para janeiro de 2023 atingia 12,00%, de 12,08% ontem no ajuste. Já o DI de janeiro de 2027 caía mais forte, para 11,20%, ante 11,45% no fechamento anterior.
Sobe e desce da Bolsa
Maiores altas
Americanas (AMER3) | + 11,42% |
Locaweb (LWSA3) | + 10,17% |
Lojas Americanas (LAME4) | + 10,28% |
Magazine Luiza (MGLU3) | + 10,36% |
Via (VIIA3) | + 8,53% |
Maiores baixas
Cogna (COGN3) | - 0,89% |
Ambev (ABEV3) | - 1,03% |
Embraer (EMBR3) | - 0,85% |
Suzano (SUZB3) | - 0,30% |
PetroRio (PRIO3) | - 0,13% |
Petróleo: crise entre a Rússia e Ucrânia no radar
Ainda no ambiente internacional, o estresse causado pela tensão política entre Rússia e Ucrânia também atrai a atenção dos investidores.
Embora distantes geograficamente, situados no outro lado do mundo, o conflito geopolítico entre os dois países está mexendo com as cotações do petróleo e gerando efeito em cadeia. Às 11h19, o preço do barril do petróleo Brent subia 0,81%, cotado a US$ 88,24. Já existem analistas apostando que a commodity chegue a US$ 100.
Embora a tensão seja apontada pelos especialistas como uma das fontes centrais, a pressão sobre o barril reflete uma combinação de fatores, sobretudo a expectativa de que a demanda por petróleo vai continuar forte, analisa Jennie Li, estrategista de Ações da XP.
Essa expectativa foi corroborada pela Agência Internacional de Energia (AIE), que apontou em relatório divulgado nesta quarta-feira, 19, que a demanda global pela commodity vai exceder níveis anteriores ao da pandemia da covid-19 neste ano, graças ao avanço dos esforços de vacinação contra a doença e ao fato de que as ondas recentes do vírus não têm sido suficientemente graves para exigir a retomada de medidas mais enérgicas, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE).
A AIE elevou sua previsão de alta para o consumo mundial de petróleo em 2022 em 200 mil barris por dia (bpd), a 3,3 milhões e bpd. Para 2021, a entidade com sede em Paris também elevou sua estimativa de avanço na demanda em 200 mil bpd, a 5,5 milhões de bpd.
Bolsas asiáticas fecham em baixa com EUA
Na Ásia, as principais bolsas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, acompanhando a fraqueza dos mercados acionários de Nova York.
O predomínio do mau humor na região asiática veio após as bolsas de Nova York sofrerem fortes perdas na véspera, à medida que os rendimentos dos Treasuries atingiram máximas em dois anos com expectativas de que o Fed terá de elevar seus juros básicos três ou mais vezes este ano para controlar a inflação doméstica, que continua persistentemente alta. / com Tom Morooka e Agência Estado
Fechamento/bolsas asiáticas
- Nikkei (Tóquio): - 2,80% (27.467 pontos)
- Kospi (Seul): - 0,77% (2.842 pontos)
- Xangai Composto (China Continental): - 0,33% (3.558 pontos)
- Shenzen Composto (China Continental): - 0,92% (2.442 pontos)
- Hang Seng (Hong Kong): + 0,06% (24.127 pontos)
- S&P/ASX 200 (Sydnei): - 1,03% (7.332 pontos)