Economia

Light (LIGT3): conheça sua história e importância para o mercado

A Light é uma empresa multinacional privada de geração, comercialização, distribuição e demais soluções de energia elétrica com sede no Rio de Janeiro.

Data de publicação:13/12/2022 às 12:00 - Atualizado um ano atrás
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A Light é uma empresa multinacional privada de geração, comercialização, distribuição e demais soluções de energia elétrica. O grupo tem sede no Rio de Janeiro e é constituída pela Light S.A. que atua como holding e suas demais 11 controladoras diretas.

Empresa Light - foto: reprodução

A área de atuação da companhia abrange cerca de 26% do estado carioca e cerca de 64% da população total é atendida pela empresa. Ao todo, dos 92 municípios, a Light atua em 31 deles e atende sua base de clientes que é cerca de 4,5 milhões de pessoas.

Breve história da Light

A Light foi fundada em 1899 e suas primeiras atividades aconteceram no dia 17 de julho daquele mesmo ano na Usina Hidrelétrica Parnaíba, que fica localizada no Rio Tietê, na cidade de São Paulo.

Para atuar no Rio de Janeiro — que até então era a capital do Brasil —, em 1904 a The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Co. Ltda. foi criada. A autorização para atuar no estado aconteceu no ano seguinte, em 1905.

O serviço de fornecimento de energia elétrica ao estado do Rio de Janeiro teve início em julho de 1907, mesmo ano em que a Light adquiriu companhias de carris urbanos para unificar esse serviço.

Durante a década de 1970 a Light passou a ser uma empresa estatal. Essa medida representou uma nova estratégia do governo, que almejava a nacionalização dos sistemas elétricos durante a ditadura militar.

Os anos seguintes marcaram uma grande reestruturação da empresa. A operação da empresa em São Paulo, por exemplo, foi adquirida pelo governo do estado — e foi daí que surgiu a Eletropaulo. A parte fluminense da empresa, por outro lado, era uma das mais importantes estatais do estado — já que era responsável pelo fornecimento de energia a diferentes localidades.

Depois de um período de administração governamental, a Light foi privatizada em 1996. A partir daí, o seu controle acionário passou a um consórcio formado por três multinacionais e pela Companhia Siderúrgica Nacional.

A atuação da Light no mercado

A Light Rio, por meio da Light Energia S.A, conta com uma estrutura que inclui 5 usinas hidrelétricas e tem capacidade instalada de 852 MW. São elas: Nilo Peçanha, Fontes Nova e Pereira Passos, que ficam localizadas no Complexo Hidrelétrico de Lajes em Piraí, no Sul Fluminense, Ilha dos Pombos, no município de Carmo — que faz divisa com Minas Gerais e Santa Branca, no município paulista de mesmo nome.

A empresa também é dona de duas usinas elevatórias — Santa Cecília, em Barra do Piraí, e Vigário, em Piraí — que são responsáveis pelo bombeamento das águas do rio Paraíba do Sul e do rio Piraí que geram energia para a população. As águas do rio Piraí, além de aproveitadas para gerar energia, também são utilizadas para o abastecimento de água para o Grande Rio por meio do sistema Guandu, que é operado pela CEDAE.

A Light, no entanto, não produz toda a energia elétrica que distribui a seus clientes. Por esse motivo, ela precisa comprar energia adicional de outras usinas e empresas geradoras, como dos complexos nucleares de Angra dos Reis, Itaipu e Furnas Centrais Elétricas.

O impacto da Light no mercado financeiro

A Light listada na Bolsa de Valores no segmento Novo Mercado, que é o nível mais alto da B3. A empresa tem somente ações ordinárias e o código de negociação — ou seja, o ticker — é o LIGT3.

Gráfico de rentabilidade do ativo LIGT3 na ferramenta de comparação de ativos da Mais Retorno

A companhia também tem valores mobiliários disponíveis para negociação no mercado de balcão organizado norte-americano — particularmente na plataforma OTC (Over The Counter). A administração é feita pela FINRA (Financial Industry Regulatory Authority) sob o código LGSXY. A negociação é realizada pelo programa de ADRs (American Depositary Receipts).

No terceiro trimestre de 2022 (3T22) a Light apresentou um lucro líquido de R$ 7,9 milhões, o que representa uma queda de -97,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Já o EBITDA atingiu R$ 525,6, uma alta de 27,2% na comparação com o terceiro trimestre de 2021.

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