Jive e Mauá se unem e formam nova casa de investimentos alternativos
Nova asset terá foco em ativos problemáticos e, por isso, descontados
A Jive Investments e a Mauá Capital estão unindo suas operações. Juntas, criarão nova casa de investimentos alternativos. A informação é do jornal Valor Econômico. A nova asset terá sob gestão volume de R$ 12 bilhões.
A Mauá Capital é uma gestora de recursos independente fundada, em 2005, por Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central. Tem sob gestão um volume de R$ 4,5 bilhões, alocados em uma série de produtos do segmento imobiliário, infraestrutura e do setor de saneamento em estruturação. Com tradição também em crédito imobiliário e ativos de tijolo.
Criada em 2010, a Jive Investments é uma gestora de investimentos alternativos com plataforma integrada de recuperação de créditos e gestão de imóveis e outros ativos distressed. Pioneira no investimento em ativos distressed no Brasil e maior player independente do mercado, faz gestão de um volume total de R$ 8,5 bilhões.
A ideia, em princípio, é que as duas marcas sejam preservadas na união e a nova gestora se chame Jive Mauá.
Ainda pouco populares, os ativos distressed – chamados também de ativos podres ou problemáticos – fazem parte de uma categoria de investimentos alternativos. São ativos mais relacionados com a economia real e pouco relacionados com o mercado financeiro e de capitais.
De acordo com especialistas, os distressed assets são investimentos de alto risco que podem proporcionar ao fundo retornos acima da média do mercado. Principalmente em momentos de turbulência no mercado ou crise financeira, com aperto na liquidez ou escassez de recursos.
É nesse cenário de instabilidade econômico-financeira que, segundo especialistas, os distressed assets podem ser opção interessante de investimento. Tanto para o investidor como para as pessoas ou empresas que precisam de recursos.
O principal atrativo dos ativos problemáticos são os valores descontados. Além de participações societárias, os ativos podres podem incluir imóveis, precatórios e carteiras de clientes inadimplentes.
Ainda que não receba o valor total da dívida, o comprador do ativo pode ter boa rentabilidade proporcionada pelos recebíveis que comprou.