Finanças Pessoais

IR 2023: Por que vale a pena usar a declaração pré-preenchida

Além de entrar na frente da fila das restituições, o contribuinte reduz muito a possibilidade de erro

Data de publicação:06/03/2023 às 08:00 - Atualizado 2 anos atrás
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Neste ano, uma das principais novidades do IR 2023 é o benefício trazido ao contribuinte que usar a declaração pré-preenchida: haverá prioridade no crédito da restituição a quem declarar nessa modalidade. O programa para a pré-preeenchida e para a tradicional estará disponível para baixar na internet a partir do dia 15 de março.

Embora muita gente tenha receio de usar a declaração que já vem com todos os dados do contribuintes, que estão na base de dados da Receita Federal, trata-se de uma forma mais segura, que evita erros e, portanto, a retenção em malha fina.

São informações que já foram repassadas à Receita ao longo do ano por bancos, outras instituições financeiras, fontes pagadoras de salários, aposentadoria e outros benefícios. Qualquer um dos rendimentos que foram recebidos, mas omitidos pelo contribuinte, vai levar a declaração direto para a malha fina, porque vai constar nos registros do Leão a entrada ou saída de recursos e bens.

Nos últimos anos, a Receita Federal foi aprimorando o sistema para receber o máximo de dados sobre o contribuinte. Inicialmente, era possível importar dados pessoais, de bens, dependentes, fonte pagadora, despesas médicas que haviam sido informados na declaração do ano anterior. Funcionalidade que agilizava e contribuía de alguma forma no preenchimento da declaração. 

A pré-preenchida vai além, porque traz também informações novas, de rendimentos recebidos, pagamentos, compras e vendas de bens, referentes ao ano-base de 2022.

Confira abaixo de onde o Fisco recebe todas as informações. 

Rede de informações

Pela DIRF, Declaração do imposto de Renda retido na Fonte, o Fisco recebe dados sobre rendimentos e pagamentos, enviada pelas fontes pagadoras;

Pela DIMOB, Declaração de Operações Imobiliária, os rendimentos e pagamentos que foram informados pelas imobiliárias;

Pela DMED, Declaração de Serviços médicos e de Saúde, os rendimentos e pagamentos que foram informados pelas entidades médicas;

Pela DOI, Declaração de Operações Imobiliárias, informações sobre compra, venda, pemuta, doação, entre outras operações, de imóveis, informados pelos cartórios de ofícios;

Pelo Carnê-leão, recebimento ou pagamento efetuados pelo profissional liberal, ou aluguel recebido pela pessoa física;

Pela e-Financeira, contribuições feitas à previdência privadas, enviada pelas instituições do setor;

Pela e-Financeira, saldos em fundos de investimentos, enviados pelas gestoras de fundos;

Pelos relatórios das Exchanges, as movimentações do contribuinte com criptoativos

Quem optar pela pré-preenchida já terá todas essas informações lançadas, sem se preocupar com os dados, como nome ou CNPJ, de médicos, hospitais, instituições financeiras, empresas da qual recebe o salário, ou valores já enviados por todos eles à Receita. É justamente por isso que a pré-preenchida reduz a possibilidade de erros e também porque o governo quer estimular o uso dela.

Esse tipo de declaração pode ser usado tanto por quem optar pela simplicada ou completa. E como novidade também deste ano, a pré-preenchida poderá ser usada por parentes, dependentes, ou contadores que fazem a declaração para outras pessoas. Para isso, o declarante terá de fazer uma autorização no site da Receita, incluindo o CPF desse representante.

Como usar a pré-preenchida

Os dados da base da Receita Federal estarão disponíveis em todas as plataformas de elaboração e entrega da declaração: computador; aplicativo “Meu Imposto de Renda” para celular e tablet; e no preenchimento on-line que é feito no site da Receita Federal.

Para usar a pré-preenchida, o primeiro passo é obter o nível prata ou ouro no sistema gov.br.

Para quem usar o programa no computador a opção estará na tela inicial. Bastar abrir o programa, clicar em ‘Nova" e depois na opção ‘Iniciar Declaração a partir da pré-preenchida'. Nesse momento será preciso entrar no sistema gov.br, obter os níveis ouro ou prata de segurança para a importação dos dados.

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Sobre o autor
Regina PitosciaEditora do Portal Mais Retorno.