Economia

Inflação sobe 1,0% nos EUA em maio e atinge maior salto na comparação anual desde 1981

Avanço na análise ano a ano foi de 8,6%

Data de publicação:10/06/2022 às 10:45 - Atualizado 2 anos atrás
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O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação dos Estados Unidos, avançou 1,0% em maio ante abril, segundo dados com ajustes sazonais divulgados nesta sexta-feira, 10, pelo Departamento de Trabalho do país.

Na comparação anual, o CPI deu um salto de 8,6% no mês passado, no maior nível desde dezembro de 1981, após ganho de 8,3% em abril.

Na comparação anual, a inflação americana em maio deu o maior salto desde 1981 - Foto: Envato

O resultado mensal representa uma forte aceleração em relação à alta de 0,3% no mês anterior e superou a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que estimavam avanço de 0,7%.

Núcleos

O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, aumentou 0,6% na comparação mensal de maio, a mesma variação registrada em abril. Neste caso, o consenso do mercado também apontava para acréscimo menor, de 0,5%.

Já o núcleo teve elevação anual de 6,0%. Os analistas esperavam que a alta fosse de 8,3% para o indicador cheio e de 5,9% para o núcleo.

O índice que mede os preços de energia disparou 34,6% em maio ante igual mês de 2021, maior valor desde setembro de 2005. Já o de alimentos subiu 10,1%, primeira alta de dois dígitos desde março de 1981.

Reação do mercado sobre o CPI americano de maio

Para Étore Sanchez, economista chefe da Ativa Investimentos, os dados de inflação surpreenderam, tanto do ponto de vista mensal e anual.

"A teoria de que a inflação americana já tinha atingido seu pico perde força com o headline tornando a acelerar. Mesmo assistindo os núcleos em declínio, a pressão sobre o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) se amplia novamente, principalmente no tocante à taxa terminal, visto que o ritmo parece pavimentado em 50 pontos-base por reunião".

Étore Sanchez, em análise sobre os resultados

Para o economista, a condução do juro para o patamar neutro, como dito pela autoridade monetária americana, "tem que ficar no passado e será necessário levar a taxa a um patamar restritivo".

O mercado agora aguarda os discursos dos dirigentes do BC americano para buscar novas pistas sobre o rumo da política monetária com a inflação avançando acima do previsto. Na segunda-feira, 13, a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, fala ao mercado. / com Agência Estado

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