Economia

IGP-DI sobe 0,11% em junho ante 3,40% em maio; alta soma 34,53% em 12 meses

Aumento nos preços dos grupos de Educação e Alimentos, e queda nos valores das commodities influenciaram na elevação mais baixa

Data de publicação:07/07/2021 às 10:13 - Atualizado 2 anos atrás
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O Índice de Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que mede a inflação do atacado e varejo, subiu 0,11% em junho ante 3,40% em maio. Com esse resultado, o índice acumula alta de 34,53% em 12 meses e de 14,26% no ano.

Apesar de ter avanço sensível em junho, IGP-DI acumula alta de 34,53% em 12 meses - Foto: Arquivo

Em junho de 2020, o índice havia subido 1,60% e acumulava elevação de 7,84% em 12 meses. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 7.

Produtor

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,26%, após alta de 4,20% em maio. O principal responsável por este recuo foram os alimentos processados, cuja taxa passou de 3,30% para 1,76%.

O índice de Bens Finais, que exclui alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,50% em junho, contra 2,34% em maio.

Segundo o coordenador de Índices de Preços do Ibre, André Braz, a queda no preço de commodities como a soja e o minério de ferro foram responsáveis pela desaceleração do IPA no período.

“A soja (de 0,63% para -8,12%), o milho (de 5,09% para -8,75%) e o minério de ferro (de 17,03% para -3,85%), commodities de maior peso no IPA, apresentaram recuos importantes em seus preços. Tal comportamento contribuiu destacadamente para a desaceleração da inflação ao produtor em junho”, afirmou

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,28% em maio para 1,34% em junho. O principal responsável por esta alta menos intensa, segundo o Ibre, foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 2,52% para 0,71%.

O índice de Bens Intermediários, que não inclui combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 1,49% em junho, ante 2,58% no mês anterior.

Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou positivamente em 0,64% em junho, contra 0,81% em maio. Setores como Educação (-0,70% para 1,15%) e Alimentação (0,26% para 0,34%) influenciaram diretamente na variação positiva do período.

No entanto, as demais classes de despesa do IPC registraram queda em suas taxas de variação, contribuindo para enfraquecer a alta. Entre elas estão Habitação (1,72% para 0,89%), Transportes (1,48% para 1,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,59% para 0,20%), Comunicação (0,26% para 0,02%) e Vestuário (0,65% para 0,41%).

Nestas classes de despesa, o comportamento de alguns itens se destacaram, como : tarifa de eletricidade residencial (6,53% para 2,09%), gasolina (2,95% para 1,89%), medicamentos em geral (1,85% para 0,43%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,49% para 0,09%) e roupas femininas (0,93% para 0,27%).

Construção Civil

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,16% em junho, ante 2,22% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (2,81% para 1,84%), Serviços (1,13% para 0,69%) e Mão de Obra (1,92% para 2,69%).

Sobre o autor
Julia ZilligA Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!