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Foto: Envato
Economia

IIF: câmbio deveria estar a R$ 4,50 com exportações e contas do governo

Para os economistas do instituto internacional, o real ainda está muito aquém do cenário ideal de recuperação

Data de publicação:28/06/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Os economistas do Institute of International Finance (Instituto de Finanças Internacionais, em português), sediado em Washington, apontam em análise divulgada na última semana que o real não deveria estar tão desvalorizado em relação ao dólar como atualmente. Segundo eles, o câmbio deveria estar posicionado a R$ 4,50, e não a R$ 4,90 como o registrado últimos dias.

Foto: Arquivo
Para os economistas do IIF, o real não deveria estar tão desvalorizado como está atualmente - Foto: Arquivo

Assinada pelo economista-chefe do IIF, Robin Brooks, pelo head de pesquisa da América Latina, Martín Castellano e pelo economistas Jonattan Fortun, a análise traz vários fatores que permitem a defesa dessa tese. Entre eles, e os principais, as condições das contas do governo brasileiro e entrada de dólares por conta das exportações de commodities.

"O aumento das exportações de commodities, influenciado pela vacinação, tem sido considerável, elevando os preços dos produtos", apontam os economistas.

Para eles, qualquer risco relacionado aos estímulos fiscais tem que ser "irrealisticamente grande" para justificar tensão no câmbio e os níveis de hoje do real.

Por conta das exportações de commodities em ritmo forte e a desvalorização do real, os economistas estimam um superávit na conta corrente brasileira próximo a 2% do PIB, o nível mais alto há mais de 16 anos.

“O ajuste da produção externa, estimulada pelas exportações, e os efeitos defasados da depreciação passada, juntos, podem gerar um superávit de 2% do PIB, montante mais expressivo desde 2003 e 2004, período que antecede o pico do petróleo", completam.

"Isso resulta no fortalecimento da nossa projeção da taxa de câmbio a R$ 4,50".

Longe do ideal

De acordo com a análise, mesmo agora que o real tenha recuperado um pouco do terreno perdido, a moeda brasileira ainda está muito aquém do cenário ideal.

O foco central para a abordagem de análise do IIF é a avaliação da conta corrente do País, que por sua vez depende fortemente das exportações. “A forte alta das exportações, impulsionada pela recuperação dos preços das commodities, superou muito qualquer movimento da taxa de câmbio, que permanece em níveis baixos”.

Para os economistas, a combinação de exportação em alta e uma moeda deprimida está impulsionando a balança comercial do País, que em abril registrou um superávit recorde.

“Avaliamos esse movimento como uma validação de nossa visão de que há uma grande desvalorização do real brasileiro em jogo”, reforçam.

Para eles, a recente mudança de postura do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) com um discurso e medidas mais duras, pode criar solavancos no caminho.

Mas os economistas reconhecem que o Banco Central do País está caminhando pro-ativamente, “o que significa que melhorar o cenário econômico brasileiro está ajudando a isolar o real de novos efeitos”.

Sobre o autor
Julia Zillig
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