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Mercado Financeiro

Ibovespa sobe 1,87% e retoma os 115,7 mil pontos; dólar cai 0,95%

No radar doméstico, mercado acompanha a corrida eleitoral

Data de publicação:18/10/2022 às 20:19 -
Atualizado 2 anos atrás
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No período da tarde desta terça-feira, a guinada de Petrobras para o positivo, com ON e PN em alta superior a 2% no fechamento, mesmo com as perdas acentuadas registradas pelo petróleo na sessão, contribuiu para que o Ibovespa ampliasse ganhos e fechasse em alta de 1,87%, a 115.743 pontos, bem perto do pico da sessão, também nos ajustes finais, a 115.795 pontos.

Assim, o índice estendeu a recuperação iniciada no dia anterior após cinco perdas, com a retomada do apetite por risco no exterior motivada, em especial, pela revogação do pacote de cortes tributários no Reino Unido, que havia sido mal recebido pelos investidores globais. Já o dólar caiu, 0,91%, e foi negociado e R$ 5,26 no fechamento do dia.

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Sede da B3, a Bolsa de Valores brasileira | Foto: B3/Divulgação

Nesta terça, a referência da B3 oscilou entre mínima de 113.626, da abertura, e máxima de 115.79 pontos, colada ao fechamento, com giro financeiro a R$ 29,7 bilhões nesta terça-feira. Na semana, o Ibovespa avança 3,28%; no mês, 5,19%, e no ano, 10,42%.

O índice contou também com o suporte proporcionado pelo desempenho de Vale, em torno de 1,8%, e, especialmente, dos grandes bancos (BB ON em alta em torno de 5%, e Itaú PN, com ganho acima de 2,4%, ambas nas máximas do dia perto do fechamento). Na ponta do Ibovespa, destaque para Natura, com ganho superior a 9%, à frente de Vibra, na casa dos 6%. No lado oposto, Assaí, com perda em torno de 9%.

Fatores externos atuaram sobre o Ibovespa

Desde o exterior, "resultados do 3T22 acima do esperado, a reviravolta na situação fiscal no Reino Unido e a notícia de novo adiamento no início do QT (quantitative tightening, ajuste restritivo da política monetária) do BoE (Banco da Inglaterra) levam as bolsas a novas altas, apesar da pressão altista nos juros, com os dos Treasuries de 10 anos já acima dos 4,0%", observa em nota a Nova Futura Investimentos. Nesse contexto, os índices de Nova York mostraram ganhos mais acomodados ao longo da tarde, limitados a 1,14% no fechamento (S&P 500), após o Nasdaq (nesta terça, +0,90%) ter subido mais de 3% na segunda.

"O dólar está extremamente forte, no mundo, com o DXY (índice que contrapõe a moeda americana a uma cesta de moedas de referência, como euro, iene e libra) em máximas históricas, e com extrema volatilidade. A volatilidade no mercado de moedas está semelhante aos momentos mais críticos da covid-19", diz Wagner Varejão, especialista em renda variável da Valor Investimentos. "É um reflexo direto do momento, em que o Fed eleva os juros em ritmo mais forte do que o resto do mundo."

Além da pressão persistente sobre os rendimentos dos títulos americanos, as commodities tiveram manhã "predominantemente negativa, com destaque para a queda dos preços do petróleo após o governo Biden anunciar novos planos de liberação de reservas estratégicas para impedir o aumento de preços dos combustíveis nos EUA", aponta em nota a Guide Investimentos.

Os contratos futuros tanto da referência global (Brent) como da americana (WTI) operaram parte do dia abaixo de US$ 90 por barril. Novas propostas da União Europeia para conter o avanço dos preços de gás no continente também contribuíram para a correção dos preços do petróleo na sessão.

Na quarta, será a vez de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fazer um anúncio sobre como reduzir os preços da gasolina, segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em coletiva à imprensa nesta terça-feira. Ela preferiu não comentar relatos da imprensa de que Biden planeja novas liberações de reservas estratégias de petróleo.

O grupo de produtores da Opep decidiu, por unanimidade, cortar a produção para conter a volatilidade dos preços, detalhou nesta o secretário-geral da organização, Haitham al-Ghais, em conferência de energia na África do Sul. "Como todos sabem, a última reunião ministerial da Opep foi realizada há apenas alguns dias e os chefes das delegações, por unanimidade, decidiram tomar uma postura proativa e preventiva para promover a estabilidade sustentável nos mercados globais", afirmou.

A defasagem entre os preços domésticos e internacionais de gasolina e diesel aumentou nas últimas semanas, mas ainda é improvável que a Petrobras reajuste os combustíveis nos próximos dias, na avaliação dos analistas de petróleo, gás e petroquímicos do Itaú BBA Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello.

Eleições no radar doméstico

No noticiário doméstico, o presidente Jair Bolsonaro (PL) determinou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que anuncie uma medida econômica a cada pelo menos dois dias até o segundo turno da eleição, em 30 de outubro. O Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que o Fies para ensino técnico, mencionado pelo presidente no debate do último domingo, na Band, está entre os temas que devem ser lançados nos próximos dias. A informação foi passada ao Broadcast Político por fontes da campanha de reeleição que presenciaram conversa do chefe do Executivo com o ministro na segunda, 17.

"A partir do momento em que o mercado começou a entender que o resultado mais provável da eleição tende a ser apertado no segundo turno, voltou a operar em correlação mais forte com os mercados externos, o que é válido tanto para o câmbio como para a Bolsa. Uma vitória apertada abre a possibilidade de algum tipo de contestação e de algum barulho institucional por conta das eleições", diz Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group, que prevê cenário mais desafiador para os ativos de risco nos próximos meses, apesar do "repique técnico recente" e do "rebalanceamento dentro da tendência de baixa" observado nos mercados de fora.

Ibovespa a 130 ou 140 mil pontos?

Apesar dos fatores de incerteza que ainda persistem, aqui e no exterior, o Ibovespa pode chegar a 130 mil ou mesmo 140 mil pontos no fim do próximo ano, conforme 66% dos gestores de América Latina que participaram de pesquisa realizada pelo Bank of America (BofA).

A maioria (65%) dos entrevistados acredita que a situação do Brasil vai melhorar nos próximos meses, embora esperem que seja algo marginal. De acordo com a sondagem, 68% planejam aumentar a alocação de capital nos próximos seis meses, o nível mais alto desde o início da pesquisa, em 2018, informa o banco em relatório. /Agência Estado

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