GPA reverte prejuízo de R$ 119 milhões no 1º trimestre; ações caem
O Grupo Pão de Açúcar (GPA), controlado pelo francês Cassino, reverteu o prejuízo de R$119 milhões registrado no primeiro trimestre de 2020 e obteve um lucro…
O Grupo Pão de Açúcar (GPA), controlado pelo francês Cassino, reverteu o prejuízo de R$119 milhões registrado no primeiro trimestre de 2020 e obteve um lucro líquido de R$ 127 milhões na mesma base de comparação de 2021.
O balanço da companhia foi divulgado no dia anterior após o fechamento do mercado. E nesta quinta-feira, 6, apesar da reversão do prejuízo, os papéis da companhia registraram perdas de 3,96%.
A receita líquida do GPA no período foi de R$ 12,45 bilhões, aumento de 4,9% ante a mesma base de comparação do ano anterior. A elevação foi puxada pela cisão da companhia com o atacarejo Assaí.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa somou R$ 935 milhões, alta de 36% ano a ano, beneficiado por eficiências comerciais e controle das despesas no Brasil.
A margem Ebitda subiu 1,7 ponto percentual nos meses de janeiro fevereiro e março de 2021, para 7,5%.
Vendas
As vendas caíram 0,7%, pressionadas por impactos da pandemia nas operações do grupo Êxito na Colômbia e Uruguai. No Brasil, as vendas subiram 1,1% no primeiro trimestre.
Sem o impacto da Covid-19, o GPA afirma que as vendas mesmas lojas teriam subido 4,8% no nível consolidado e 5% no Brasil.
“O cenário de vendas permanece em crescimento no trimestre, mesmo impactado por desafios relacionados principalmente ao contexto macroeconômico e pandemia, com severas medidas restritivas envolvendo fechamento de lojas aos finais de semana, horário de abertura reduzidos e proibição da venda de algumas categorias”, afirmou o GPA no relatório.
Em linha com outras despesas operacionais, o resultado negativo foi 71,9% menor na comparação anual, para um déficit de R$ 60 milhões.
Universo digital
De acordo com o diretor-presidente do GPA, Jorge Faiçal, em relatório, a empresa segue confiante e focada em expandir as iniciativas de omnicanalidade (comércio eletrônico integrado em diversos canais), prioridade estratégica do grupo.
“Além disso, pretendemos evoluir com as conversões e retomar a expansão orgânica das lojas físicas, visando proporcionar a melhor experiência de compra aos clientes que frequentam nossas lojas, utilizam nossos apps e compram em nossos sites. Isso é o que garantirá nossa competitividade e rentabilidade para os próximos períodos”, afirma Faiçal.
Emissão de debêntures
Além da divulgação dos números trimestrais, o GPA informou na mesma data que o conselho de administração da empresa aprovou sua 18ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 1,5 bilhão, dividida em duas séries.
As debêntures da primeira série terão prazo de vigência de cinco anos a partir da emissão, enquanto as da segunda série terão prazo de sete anos.
Cada título terá o valor unitário de R$ 1 mil, com remuneração de juros correspondentes à variação acumulada de 100% das taxas médias diárias do DI, com uma sobretaxa de 1,70% para as debêntures da primeira série e de 1,95% para as da segunda.
Segundo o GPA, os recursos captados serão destinados para reforço do capital de giro e/ou alongamento do perfil de endividamento. / com Agência Estado