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Gol prevê retomada integral da demanda corporativa aos níveis pré-covid no 1º tri

Presidente da empresa está otimista e espera ter base total de clientes recuperada ao longo do 2º semestre

Data de publicação:06/01/2022 às 04:57 - Atualizado 2 anos atrás
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O diretor vice-presidente financeiro e de RI da Gol, Richard Lark, demonstrou otimismo nesta quinta-feira acerca do segmento corporativo. Embora a demanda de grandes empresas ainda não tenha retornado integralmente, a companhia prevê retomada ao longo do primeiro semestre de 2022.

"Ainda não tivemos uma retomada total dos grandes clientes corporativos. Esperamos que isso aconteça no final do primeiro trimestre, com a base total de clientes recuperada no segundo trimestre", disse durante evento com investidores na Bolsa de Cingapura, transmitido virtualmente.

Gol espera recuperar base total de clientes no segundo semestre de 2022 - Foto: Divulgação

Ele explicou que o mercado financeiro representou 18% das vendas do setor aéreo em 2019 e, no final do ano passado, só havia recuperado 40% dos níveis pré-pandemia. Já a indústria de óleo e gás, que tradicionalmente é o principal driver do segmento corporativo, só recuperou 50% dos patamares de 2019. "Vimos retomada das vendas para grandes empresas, mas os setores que estão se recuperando mais são os de veículos e autopeças, bebidas e máquinas e equipamentos", destacou.

Desde o início da pandemia, a Gol pagou cerca de R$ 12 bilhões em dívidas. Atualmente, a dívida de curto prazo da aérea é de R$ 500 milhões.

Gol e voos internacionais

Lark relata que a demanda doméstica no Brasil retornou aos níveis pré-pandemia em dezembro, quando as vendas da companhia atingiram R$ 970 milhões, valor 9,8% acima do mesmo período de 2019.

Ele acrescentou que normalmente 15% da oferta da Gol (ASK) é internacional, o que representa 9% a 10% da receita total e 5% do Ebitda. Para 2022, segundo o executivo, esses números devem ser a metade do nível de 2019.

"Nossa grande demanda no internacional é da Argentina, que ainda está se recuperando. Neste ano, a contribuição do internacional deve ser de 8% do ASK", disse.

Frota

A Gol estima 28 novos Boeing 737 MAX para substituir 23 NGs ao final deste ano, quando a companhia terá 44 aeronaves 737. Em 2025, a aérea terá metade da frota composta de MAX e o restante de NGs. "Os MAX são os aviões mais líquidos da história", defendeu.

Segundo ele, a renovação da frota está sendo financiada por empréstimos de longo prazo. "Para este ano, estimamos operar 108 aeronaves, com redução de custos (CASK) de 10% em dólares", observou o executivo, destacando que a substituição das aeronaves deve levar a um aumento da utilização média diária.

De acordo com Lark, a companhia terá 24 aeronaves através de leasing financeiro e 126 em leasing operacional em 2025.

Smiles

O diretor de RI da Gol reforçou as oportunidades trazidas pela fusão com a Smiles, ocorrida no ano passado. "Estamos gerando sinergias que não teríamos sem a incorporação da Smiles."

O executivo pontuou que a tarifa média de resgate do programa de fidelidade cresceu 15% nos últimos meses, com crescimento de R$ 3 milhões por dia das vendas médias de resgate em relação ao período pré-incorporação.

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