Fundos dos EUA e da Europa sofrem perdas com dívida corporativa da China
Preocupação com a empresa chinesa gerou venda de papéis no setor imobiliário pensando nos fundos
O potencial default da incorporadora China Evergrande Group representa um impacto para fundos nos Estados Unidos e na Europa que buscavam retornos mais elevados no mercado de bônus corporativo chinês.
Preocupações de que a Evergrande não pague seus bônus neste mês geraram vendas de papéis de outras companhias no setor imobiliário, pesando sobre fundos gerenciados por Ashmore Group, BlackRock e Pacific Investment Management, entre outros.
Enquanto os bônus da Evergrande eram negociados a cerca de US$ 0,25 em boa parte de setembro, se disseminaram as vendas de bônus de outras grandes incorporadoras da China.
O temor de contágio dos problemas atingiu bolsas e retornos dos bônus nos EUA na segunda-feira.
Fundos compraram bônus corporativos da China
Nos últimos anos, gerentes de ativos do Ocidente passaram a comprar cada vez mais bônus corporativos da China, apesar dos sinais de uma bolha imobiliária.
Os compradores almejavam investimentos que pagassem mais que os retornos modestos de seus mercados domésticos e poderiam se beneficiar do crescimento forte do país, em comparação com mercados desenvolvidos.
Muitos também acreditavam que o governo da China daria ajuda à Evergrande por causa de seu tamanho - a empresa possuía cerca de US$ 89 bilhões em dívida até junho./Agência Estado