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Previdência: aplicação em PGBL nesta quinta-feira, 29, reduz IR em 2023; confira os 9 mais rentáveis no ano

Os fundos de previdência mais rentáveis de 2022 valorizam mais de 20%, ganham do CDI, inflação e Ibovespa

Data de publicação:28/12/2022 às 07:47 - Atualizado um ano atrás
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O benefício para reduzir o imposto de renda na declaração de 2023 com depósitos em PGBL ( Plano Gerador de Benefício Livre ) pode ser obtido com aplicações feitas até esta quinta-feira, 29, que é o último dia útil do ano.

Os valores depositados este ano poderão abater até 12% da renda bruta no cálculo do imposto de renda na declaração de 2023. Na prática, isso reduz a base de cálculo e, portanto, o imposto a pagar. Ou aumenta os valores da restituição. Um bom motivo para pensar em iniciar uma poupança para o futuro.

Aplicação PGBL em fundos de previdência até 29 de dezembro permite redução do IR em 2023 | Foto: Reprodução

Os fundos de previdência mais rentáveis no ano

No ano, os líderes em rentabilidade não decepcionam, apresentam retorno acima de 20%, superam não só a inflação como os principais benchmarks da renda fixa, o CDI, e da renda variável, o Ibovespa.

Como podem assumir posições em diferentes mercados, os fundos de previdência da classe de multimercado conseguem neutralizar a volatilidade dos ativos, tirar proveito tanto de sua valorização quanto de queda, e superar os referenciais de cada segmento.

Abaixo estão 9 fundos que renderam acima de 20%, de janeiro a dezembro deste ano, mas 23 fundos, espelhos de alguns desses abaixo, conseguiram a mesma performance.

FundoRend. 2022
BTG Absoluto LS B Prev. Fife25,72%
Itaú Flexprev Optimus Titan Mult.23,67%
Vinland Macro II Prev. Master22,95%
Kapitalo K10 Prev. Master22,29%
Legacy Capital Prev. Itaú Master21,96%
Prev SPX B Lancer21,09%
GAP Absoluto Fife20,42%
Itaú Prev. SPX Lancer20,21%
SPX Lancer Icatu Multiprev20,21%

São desempenhos que mesmo depois do desconto do imposto de renda garantem um generoso ganho real ao investidor, quando comparado com o IPCA acumulado no período, de 6,37%.

Mas esses 9 fundos fazem parte de um grupo seleto dentro do segmento. Segundo Alexandre Brito, sócio e analista da Finacap Investimentos, aproximadamente 70% de todo esse mercado de aposentadoria no País rende abaixo do CDI.

Qual o retorno em 1 ano?

Do período de 26/12/2021 até 26/12/2022, os fundos superam a inflação, o CDI, e o Ibovespa, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Como escolher um fundo de previdência

Escolher um fundo para sua segurança futura também é uma responsabilidade, o ativo pode trazer muita rentabilidade e ao mesmo tempo pode ser extremamente volátil. É por isso que o primeiro passo é reconhecer o seu perfil como investidor e pensar qual é o seu objetivo com a previdência. Especialistas explicam que ainda existe muito potencial de crescimento neste setor e pode, inclusive, ser compatível em questões tributárias no Brasil. 

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), o mercado de previdência privada consumiu a marca de R$ 1,14 trilhão de patrimônio líquido em setembro, quantia que representa o dobro do valor de 5 anos atrás . O sócio da Valora Investimentos, Rodrigo Mendonça, afirma que há uma demanda muito grande por bons ativos no mercado de previdência e que o crescimento de fundos neste mercado está associado à comercialização dos produtos e à entrega de retorno ao investidor.

Além da quantidade de novos fundos ter sido grande nos últimos anos, ele destaca também que a modalidade de produtos dessa indústria cresceu, com uma gama maior na quantidade de ativos que podem ser alocados no fundo. Pelo menos em fundos de previdência de crédito privado, Mendonça explica que a média é de rentabilidade CDI mais 1%, que seria um retorno próximo à taxa Selic mais 1%.

Alexandre Brito, sócio e analista da Finacap Investimentos, explica que o mercado de previdência privada no Brasil totaliza cerca de R$ 1 trilhão e desse montante 90% dos produtos ainda estão nas mãos dos grandes bancos.

Antes de qualquer escolha, o sócio e analista da Nord Research, Luiz Felippo, diz que o investidor precisa olhar qual a estrutura do plano que ele quer: PGBL , VGBL , regressivo ou progressivo. Em seguida, de acordo com Felippo, é necessário escolher o tipo de fundo analisando o histórico, a equipe de gestão, o retorno e as métricas do ativo.

Além de poder diversificar o fundo de previdência com renda fixa , investimento internacional e renda variável, uma vantagem destacada por Alexandre Brito, sócio da Finacap, é a eficiência tributária desse ativo. De acordo com ele, o fundo previdenciário não tem o chamado “ come-cotas ”, imposto pago duas vezes ao ano. O analista reforça que o produto também é extremamente interessante quando se fala em sucessão, já que é um produto que não entra no inventário na maioria dos estados brasileiros.  

“A estrutura de um fundo de previdência é fantástica, em termos de planejamento sucessório e tributário. Existe um mar de oportunidades, onde o investidor pode sair de um produto ruim e partir para um ativo com gestor profissional”, afirma o analista da Finacap, referindo-se à portabilidade dos fundos de previdência.

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Sobre o autor
Mari GalvãoRepórter de economia na Mais Retorno