FMI apresentará proposta para injeção de US$ 650 bi a países em meio à crise
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, informou ontem que apresentará no mês de junho uma proposta ao conselho da instituição para alocar US$…
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, informou ontem que apresentará no mês de junho uma proposta ao conselho da instituição para alocar US$ 650 bilhões na emissão de Direitos de Saques Especiais (DES).
O instrumento constitui ativos em reserva estrangeira emitidos pelo órgão para impulsionar as reservas de países.
Georgieva se disse "muito encorajada" com as discussões iniciais sobre o tema. "Ao endereçar a necessidade global de longo prazo de ativos de reserva, uma nova alocação de DES beneficiaria nossos países membros e apoiaria a recuperação da crise provocada pela covid-19", destacou.
Se o plano for aprovado, essa será a quinta vez em que o FMI emitiria DES, a última tendo sido na esteira da crise financeira global de 2008.
G7 se posiciona a favor das ajudas
Os ministros das Finanças do G7 já tinham demonstrado apoio para conceder novas ajudas para os países pobres enfraquecidos pela pandemia por intermédio do FMI, segundo comunicado emitido no final da semana passada, dias antes do anúncio de Georgieva.
A emissão de DES visa permitir que os países afetados "liberem recursos para financiar necessidades cruciais, como vacinas ou importação de alimentos, e melhorar as amortizações de países emergentes ou de baixa renda".
Criados em 1969 pelo FMI para complementar as reservas cambiais de seus países membros, os DES podem ser trocados por moeda. Seu valor é baseado em uma cesta das cinco principais moedas internacionais. São atribuídos aos países membros com base em sua cota.
Este acordo "significativo estabelece as bases para um possível acordo nas reuniões de abril do G20 e do comitê do FMI" para garantir que "nenhum país fique para trás na recuperação econômica após o coronavírus", disse o ministro das Finanças Rishi Sunak, no comunicado. / com Agência Estado