Economia

Em carta, Campos Neto explica não cumprimento de meta de inflação e diz que, em 2023, não deve bater de novo

Documento foi enviado pelo presidente do Banco Central ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Data de publicação:11/01/2023 às 01:18 - Atualizado um ano atrás
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Em carta aberta enviada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, justifica o descumprimento da meta de inflação em 2022, o que aconteceu pelo segundo ano consecutivo, e indica que neste ano o fato deve se repetir.

Campos Neto, porém, reforça que o autoridade monetária nacional tem tomado providências para resolver o problema e argumenta que o "cenário é de convergência da inflação para as suas metas" em 2024 (3,0%) e 2025 (2,8%).

“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, disse.

Inflação alta 

Na carta, Campos Neto reconheceu que a inflação em 2023 deve se manter superior à meta estabelecida (4,75%), considerando sua projeção condicional de 5,0% para este ano.

Mas, considerando as projeções para 2024 (3,0%) e 2025 (2,8%), o BC argumenta que o “cenário é de convergência da inflação para as suas metas”.

“O BC tem tomado as devidas providências para que a inflação atinja as metas para a inflação estabelecidas pelo CMN, de 3,25% para 2023 e de 3,00% para 2024 e 2025. Na sua última reunião, considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75%”, diz Campos Neto.

O presidente do BC repetiu as sinalizações dadas na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de que se manterá vigilante para avaliar se a manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será suficiente para alcançar a convergência de inflação. / Agência Estado.

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