Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Bolsa opera em queda em dia de baixa liquidez internacional e novos dados econômicos internos
Mercado Financeiro

Em 4 anos, Bolsa dobra de valor e chega perto da marca de 4 milhões de clientes

Queda dos juros, plataformas de investimentos, maior oferta de papeis contribuíram para o crescimento do mercado

Data de publicação:26/07/2021 às 15:28 -
Atualizado 3 anos atrás
Compartilhe:

Nunca se falou tanto de Bolsa de Valores no Brasil. Com o juro real (que desconta a inflação) próximo de zero, investir em ações virou papo de mesa de bar. Pode parecer que sempre foi assim, mas a verdade é que o movimento é bem recente.

Foi só há quatro anos que surgiu a B3 - fruto da fusão das antigas BM&F Bovespa e Cetip. Desde então, o valor de mercado do negócio mais do que dobrou, passando de R$ 40 bilhões para R$ 100 bilhões, enquanto o total de investidores se multiplicou por seis, chegando perto de 4 milhões.

Foto: B3/Divulgação
Sede da Bolsa de Valores em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

O impulso para a alta do número de investidores foi conjuntural, já que as aplicações de renda fixa ficaram menos atrativas com a queda dos juros. Tanto é assim que, antes do boom atual, a Bolsa tentou várias formas de promover o mercado acionário. De tendas nas praias paulistas e em sindicatos a uma campanha publicitária com Pelé, nada parecia adiantar em um cenário em que o investidor podia ganhar mais de 10% ao ano sem correr risco.

Com a queda dos juros, vieram as plataformas de investimento em Bolsa. De repente, o cliente se viu bombardeado de todos os lados: bancos, casas de análises e corretoras. "O que fez diferença foi o crescimento de plataformas e do mercado de assessores, que levam conhecimento às pessoas físicas", afirma o sócio da Eleven Financial, Raphael Figueiredo.

Maior interesse por bolsa

A advogada Bruna Garner, de 27 anos, é uma dessas novas investidoras. Suas primeiras ações foram compradas há cerca de um ano, quando garimpou papéis que caíram muito no início da pandemia, como a Azul, a Gol e a agência de turismo CVC. "Comecei para ter uma forma de rendimento. Nossos pais pensavam em previdência e imóveis, mas isso já não traz um retorno tão bom como ações", comenta Bruna, que tem 10% de sua carteira em renda variável - o restante segue em renda fixa.

Já o analista de dados Yago Rodrigues, 28 anos, começou a investir um pouco antes do começo da pandemia, testando fundos imobiliários e ETFs, que seguem índices acionários. Hoje, Rodrigues tem 50% de sua carteira em ações, incluindo papéis de uma das queridinhas do mercado, o Magazine Luiza.

O aumento do total de empresas listadas também serviu de incentivo à Bolsa brasileira. Desde o início de 2020, mais de 60 empresas já fizeram ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), número que ainda vai subir até o fim do ano.

Apesar do crescimento acelerado, a B3, que já esteve na quinta posição entre as Bolsas de Valores do mundo, viu sua posição cair por conta do real enfraquecido, já que esse ranking é feito em dólar. O ranking é liderado pelas americanas Nyse e Nasdaq, gigantes com US$ 20 trilhões em capitalização das empresas listadas. Na B3, esse valor é de cerca de US$ 1 trilhão.

Concorrência

Apesar da expansão recente, a B3 ainda navega sozinha no mercado acionário local. A eventual chegada de uma concorrente para a Bolsa brasileira é um assunto recorrente. Nos últimos meses, com rumores de uma nova movimentação para criar uma rival, a B3 perdeu cerca de 28% em valor de mercado. O assunto retornou após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocar o tema em audiência pública, encerrada há poucos meses. Os resultados dessa consulta ainda estão sendo analisados.

Especialistas consultados pelo Estadão acreditam que essa competição virá, mas não na forma de uma Bolsa tradicional como a B3, mas na forma de fintechs que vão focar em serviços específicos de negócio, caso da Mark 2 Market, focada em registro de Certificados de Recebíveis do Agronegócios (CRAs). Professor de Direito Econômico da FGV-Direito, Caio Mario Pereira Neto destaca que a própria regulação pode abrir espaço para a competição, como ocorreu no setor bancário, que hoje é puxada pela atuação das fintechs.

Por outro lado, há uma longa lista de potenciais rivais para a B3 que não prosperam. A ATS Brasil chegou a fazer um pedido para a abertura de uma Bolsa à CVM, em 2013, mas a ideia acabou não avançando. Mesmo destino teve o projeto da gestora Claritas, em parceria com a Bats Global Markets, operadora global do setor.

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados