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Credit Suisse admite que falhas em controles internos afetaram relatórios financeiros

Administração do banco divulgou que deficiências em controles internos têm afetado relatórios financeiros sobre balanços desde 2019

Data de publicação:14/03/2023 às 01:06 - Atualizado um ano atrás
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O Credit Suisse admitiu nesta terça-feira, 14, que encontrou “fraquezas materiais” em seus balanços, devido à mecanismos de controle ineficazes. O banco, que divulgou seus resultados em 9 de março, enfrenta dificuldades em controles internos e confessa que os problemas também podem ter afetado os relatórios financeiros de 2021. 

No comunicado, segundo matéria do jornal Wall Street Journal, o Credit Suisse destacou que a conclusão sobre os controles ineficazes partem da administração, incluindo os novos CEO, Ulrich Körner, e CFO, Dixit Joshi, que assumiram seus cargos em 2022. 

Demandas da SEC sobre relatório de 2021

A divulgação de balanço estava prevista para a semana anterior. Contudo, o Credit Suisse precisou atender à demandas da SEC sobre demonstrações de fluxo de caixa de 2019 e 2020, apresentadas em 2021. 

As alterações necessárias no relatório já seriam consequência da ineficácia dos controles internos, de acordo com o banco, e evidenciam que mais problemas podem existir em razão disso. 

Na auditoria do banco, realizada pela PriceWaterhouseCoopers, foram destacadas deficiências que poderiam impedir a realização de relatórios financeiros consolidados. Uma das falhas seria no controle de itens não monetários e sua entrada em demonstrações financeiras. 

Crise no Credit Suisse não vem de hoje 

O Credit Suisse tem, há algum tempo, sofrido desvalorização em suas ações, com queda de 19,83% nos últimos 12 meses. Em um esforço buscando a recuperação, já houve corte de mais de 9.000 funcionários e levantamento de US$4 bilhões em novas ações no ano passado. 

Só nos últimos 5 dias, a desvalorização foi de 14,16%, em razão da divulgação das informações sobre a ineficiência dos controles. 

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Sobre o autor
Camille BocanegraRepórter da Mais Retorno