Fundos de Investimentos

Conheça os novos ETFs, BDRs e fundos que começaram a ser oferecidos pela B3; o que são e como funcionam

São oito novos produtos entre renda fixa e renda variável para a diversificação de carteira

Data de publicação:02/02/2022 às 12:30 - Atualizado 3 anos atrás
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O investidor tem mais opções de produtos para a alocação de recursos no mercado financeiro.  A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, ampliou sua plataforma de ativos e passou a permitir desde segunda-feira, dia 31, a listagem de oito novos tipos de fundos. São produtos que abrem a possibilidade de diversificação para os investidores, tanto no mercado local como no internacional, com alocação dos recursos em maior número de instrumentos e ativos financeiros.

A chegada de novos produtos “abre a oportunidade de expansão do mercado de fundos no Brasil. Essas novas opções podem ampliar de forma expressiva o leque de produtos disponível para o investidor, possibilitando um maior número de estratégias dentro do portfólio de cada cliente”, afirma Luís Kondic, diretor-executivo de Produtos Listados e Dados da B3.

Como funcionam os novos fundos da B3

        Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de cotas de ETF tiveram o portfólio ampliado além da categoria de Renda Variável e conta com as novas classes de Moedas e Renda Fixa. A remodelação facilita o acesso aos ETFs internacionais com exposição a índices de Moedas e de Renda Fixa.

  • BDRs de ETFs de Renda Fixa – É um produto que se assemelha aos BDRs de ETF de renda variável.  A tributação segue as regras de ETFs de renda fixa, pela tabela regressiva, com alíquota definida pelo prazo médio de repactuação da carteira do ETF (curto, médio ou longo prazo). 
  • BDRs de ETF de Moedas – É um produto com as características dos BDRs de ETFs de renda variável. Segue a tributação de renda variável, com alíquota de 15%.
  • ETF (Exchange Traded Fund) de Moedas – Uma das novidades da listagem, é um produto semelhante ao ETF de renda variável. O fundo procura refletir a rentabilidade de índices teóricos de moedas cujas carteiras são formadas em sua maioria por ativos ou derivativos de câmbio. A tributação é a mesma da renda variável, com alíquota de 15%.
  • ETF de Renda Fixa Internacional – É um produto semelhante aos ETFs internacionais de renda variável. Esse fundo acompanha índices de renda fixa no mercado internacional e sofre tributação de acordo com as regras dos ETFs de renda fixa, pelas alíquotas da tabela regressiva definidas conforme o prazo médio de repactuação da carteira do ETF (curto, médio ou longo prazo).
  • Fundo de Investimento de Renda Fixa (FI RF) – Fundo de Investimento Fechado Listado.  O produto deve ter uma alocação mínima de 80% em ativos de renda fixa - debêntures, CDBs, LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e títulos públicos federais. A tributação segue a tabela regressiva com alíquotas distintas de acordo com o tempo de aplicação.
  • Fundo de Investimento Multimercado de Renda Fixa (FIM RF) - Fundo de Investimento Fechado Listado. O fundo investe majoritariamente em ativos de renda fixa, embora seja um multimercado, sem que haja exigência de alocação mínima em uma exposição de risco específica. A tributação segue as alíquotas da tabela regressiva.
  • Fundo de Investimento Multimercado de Renda Variável (FIM RV) - Fundo de Investimento Fechado Listado. Por ser um multimercado, o fundo investe majoritariamente em ativos de renda variável. A tributação é feita pela alíquota de 15%. Há possibilidade de pagamento de rendimentos, tributados por tabela regressiva.
  • Fundo de Investimento Multimercado de Infraestrutura (FIM Infra) - Fundo de Investimento Fechado Listado. O produto investe majoritariamente em ativos de infraestrutura, como debêntures, cotas de outros fundos de infraestrutura e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário). Investidor pessoa física é isento de tributação e pessoa jurídica paga imposto pela alíquota de 15%.

O que são fundos listados

O fundo de investimento listado é um produto fechado, listado na bolsa. Feita a oferta primária, as cotas desses fundos são negociadas pelos investidores apenas no mercado secundário.

Diferentemente de um ETF, que busca refletir a rentabilidade e as variações de um índice (são passivos), os fundos fechados listados são ativos, têm como objetivo a montagem de uma carteira de ativos que entregue a maior rentabilidade ao investidor.  

Os fundos de investimento listados, segundo especialistas, democratizam o acesso dos investidores e facilitam a gestão. Sua distribuição não fica restrita a apenas uma corretora, é pulverizada. 

A gestão também é facilitada porque o investidor pode entrar facilmente no fundo e sair dele sem fazer resgates ou o gestor tenha de vender os ativos da carteira. Ele apenas venderá a cota para outro investidor.

Sobre o autor
Tom MorookaColaborador do Portal Mais Retorno.