Cade aprova aquisição da marca de café Seleto pela Camil
Nova aquisição marca a entrada da companhia no segmento de cafés
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da "Marca Seleto" da Jacobs Douwe Egberts BR Comercialização de Cafés (JDE Brasil) pela Camil Alimentos. O aval está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 1.
De acordo com parecer divulgado pelo Cade, o negócio prevê a aquisição pela Camil "de ativos intangíveis da JDE referentes às marcas registradas no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) e/ou no exterior, bem como nomes de domínio incorporando o termo "Seleto" ou variações destes direitos autorais relativos a determinados jingles que fazem referência às Marcas Seleto".
As empresas explicam que, para a Camil, a operação "vem ao encontro dos objetivos estratégicos da companhia de aquisições de marcas no setor de alimentos na América do Sul, representando um passo importante para o ingresso em novas categorias no Brasil".
Para a JDE Brasil, "a operação representa uma decisão estratégica de alienar a marca "Seleto" a um terceiro, em razão da baixa penetração da marca em território nacional e da perda de função da marca ao portfólio de produtos da JDE. Para isso, iniciou internamente um processo de descontinuação das linhas de produtos sob referida marca a partir de julho de 2020".
Segmento de massas
Em agosto, a Camil marcou sua entrada no mercado de massas com a compra das ações da Santa Amália, tradicional indústria do setor de Minas Gerais, por R$ 260 milhões.
De acordo com a companhia, a complementariedade geográfica, com liderança em região com potencial de crescimento para as categorias atuais da marca e seu posicionamento com potencial de crescimento nacional, reforça a estratégia da companhia de aquisições.
“A operação representa um importante passo para a diversificação e entrada em novas categorias e expansão geográfica da Camil no Brasil”, enfatizou a empresa.
O preço de aquisição da totalidade do capital social da Santa Amália é de R$260 milhões e a Camil assumirá o endividamento da empresa de massas, na ordem de R$150 milhões. / com Agência Estado