Brasil cai em ranking dos principais destinos de investimento estrangeiro
Brasil cai em ranking dos principais destinos de investimento estrangeiro
O Brasil caiu da 22ª para a 24ª posição no ranking dos 25 principais destinos de investimento estrangeiro. O levantamento foi divulgado esta semana pelo Conselho de Políticas Globais de Negócios da Kearney, empresa que publica o Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro - 2021( Foreign Direct Investment Confidence Index).
Apesar da queda do Brasil no ranking de confiabilidade internacional, ele está entre os três únicos emergentes indicados como importantes destinos de investimento estrangeiro direto (assim como Emirados Árabes Unidos e China). A nota brasileira caiu muito pouco entre 2020 e 2021: de 1.65 para 1.64.
A perda de posição, contudo, tem a ver com as crises econômica e sanitária enfrentadas pelo país. "A perda de confiança no Brasil reflete os desafios enfrentados nos ambientes político e econômico brasileiros, além do efeito natural da pandemia", avalia Sachin Mehta, sócio da Kearney Brasil.
"Além disso, durante o período de pesquisas, a vacinação no Brasil estava começando ainda a passos lentos", completa Mehta.
Mesmo diante das adversidades brasileiras, os investidores enxergam duas políticas como os catalizadores da economia para este ano: a aprovação da Nova Lei do Gás Natural 2021, e os investimentos do setor privado em água e serviços sanitários.
Outro setor que despertou olhares, no ano passado, foi o setor de telecomunicações. Por exemplo, a aquisição da Oi, uma transação avaliada em US$ 3,1 bilhões - mas que ainda aguarda conclusão.
Em 2015, o Brasil chegou a ser o sexto principal destino dos investidores internacionais.
Principais destinos de investimento estrangeiro
O ranking é liderado pelo nono ano seguido pelos Estados Unidos. Alemanha e Canadá também se mantiveram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, em relação a 2020.
Índice de Confiança
O levantamento conduzido entre janeiro e fevereiro de 2021 revela uma queda considerável no grau de otimismo em relação à economia global quando considerados os níveis registrados no início ou na pré-pandemia, em 2020. Segundo o relatório, os investidores se mostram muito cautelosos, à medida em que se preparam para uma recuperação de longo prazo.
Além da queda da confiança na economia, a maioria das pontuações gerais dos 25 países no ranking caiu, na comparação com os anos anteriores. Apenas 57% dos investidores se dizem otimistas em relação ao ambiente econômico nos próximos três anos, índice inferior aos 72% registrados no início da pandemia e antes da epidemia global.