Bolsa oscila com investidores repercutindo resultado das eleições
Ações da Petrobras e Banco do Brasil registram fortes quedas
Após os resultados do 2º turno da eleições, a Bolsa abriu em queda de 2% nesta segunda-feira, 31, mas passou a oscilar durante o pregão. Às 10h54, o Ibovespa opera em alta de 0,63%, a 115.258 pontos. Mas no início da tarde, às 13h15, já estava em campo negativo novamento, com queda de 0,28%. No mesmo horário, o dólar caía 0,97%, cotado a R$ 5,25. No segundo turno das eleições, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu as eleições com 50,9% dos votos, enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), obteve 49,1% dos votos.
Apesar da queda de 7,83% nas ações da Petrobras e de 5,31% do Banco do Brasil, o setor financeiro sustenta em parte o Ibovespa. B3, Itaú e Bradesco avançam 2,75%, 2,54% e 1,76%, respectivamente. Já os papéis de Vale que também subiam passaram a cair à tarde. A queda estava em 0,99%, às 13h30.
"O mercado deve apresentar uma postura mais conservadora até conseguir as informações sobre qual será a composição do Ministério da Economia e como será feita a gestão das estatais. Esperamos uma reação negativa do mercado até que os investidores entendam o plano do governo, até entender onde podem estar as oportunidades de investimento. Por outro lado, acredito que o mercado se concentre em opções ligadas ao varejo, construção civil e educacionais, com foco no público baixa renda".
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial
Bolsas Internacionais
Nos Estados Unidos, mercado americano começou o dia em queda, com investidores cautelosos à espera da decisão de juros pelo Federal Reserve nesta quarta-feira, 2. Dow Jones, S&P e Nasdaq recuam 0,31%, 0,56% e 0,86%, respectivamente, por volta das 10h46. Na Europa, as bolsas operam mistas, após Produto Interno Bruto da Zona do Euro desacelerar para leve alta de 0,2% no terceiro trimestre de 2022 e inflação bater novo recorde, a 10,7% na base anual.
Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único, nesta segunda-feira, 31. Entre os principais, Tóquio registrou ganho de quase 2%, com corporações em foco, enquanto Xangai caiu, depois de um recuo na leitura oficial do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China.
O PMI da indústria da China recuou a 49,2 em outubro e o de serviços caiu a 48,7, ambos abaixo da marca de 50, o que sugere contração da atividade. O ING avalia que o quadro na economia chinesa pode piorar mais em novembro, diante de alta nos casos de covid-19, da piora no quadro no setor de construção e de uma possível queda na demanda por exportações./Com Agência Estado.
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