Bolsa opera em queda, com pressão de commodities e exterior negativo
Setor financeiro é destaque positivo no Ibovespa, com altas da B3, Itaú e Bradesco
Nesta sexta-feira, 14, a Bolsa começou o dia operando em alta, mas o cenário mudou. Por volta das 12h00, o índice recuava 0,62%, a 113.590 pontos. O dólar opera em alta de 0,71%, cotado a R$ 5,30. O mercado brasileiro segue a tendência negativa no exterior.
O setor financeiro é destaque positivo dentro do índice Ibovespa. Papéis da B3 avançam 1,94%, Itaú registra alta de 0,59%. Papéis da Vale recuam 1,91% e ações da Petrobras caem 0,97%.
Bolsa americana
No mercado americano, os principais índices começaram o dia em alta e firmaram queda. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuavam 0,07%, 0,73% e 1,06%, respectivamente. A temporada de balanços do terceiro trimestre começou ontem nos Estados Unidos, com Goldman Sachs. Mais cedo, JPMorgan, Morgan Stanley e Wells Fargo divulgaram seus resultados.
"Os números do setor financeiro vieram bem bons. Vale o ponto que os bancos americanos são mais pós, então esse efeito de curva de juros aumentando, eles capturam de forma mais rápida no balanço. JPMorgan e Wells Fargo estão subindo e ajudam a puxar o índice S&P 500"
Bruno Lima, analista de equities do BTG Pactual Digital
Mercados asiáticos
As bolsas asiáticas fecharam com sólidos ganhos nesta sexta-feira, 14, após Wall Street se recuperar com vigor na véspera de um tombo causado pelos últimos dados de inflação dos EUA. Liderando o movimento na Ásia, o índice japonês Nikkei saltou 3,25% em Tóquio, garantindo sua maior alta diária desde 17 de março. Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 1,84%.
O bom humor generalizado na Ásia veio após as bolsas de Nova York subirem mais de 2% no último pregão, em meio à avaliação de que a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA pode ter atingido o pico. Na abertura dos negócios desta quinta-feira, 13, Wall Street havia inicialmente reagido em forte baixa a dados do CPI maiores do que o esperado, que reforçaram expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) seguirá elevando juros de forma agressiva.
A China divulgou nesta sexta-feira que sua taxa anual do CPI atingiu 2,8% em setembro, maior patamar em 29 meses, ante 2,5% em agosto. O resultado, porém, não apenas ficou aquém das expectativas como segue abaixo do teto oficial de 3%, deixando espaço para Pequim continuar estimulando a economia./Com Agência Estado.