Bolsa cai 2,33% com bancos e commodities em dia negativo também no exterior; dólar sobe 2,53%

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, trafegou em terreno negativo do começo ao fim do pregão. O Ibovespa terminou o dia com queda de 2,33% aos 109.114 com o peso do setor financeiro e de commodities, e acompanhando o mau humor das bolsas internacionais.

Já o dólar deu um esticão, chegou a subir mais de 3% e a ser cotado a R$ 5,41, na esteira de valorização da moeda no mundo estimulada pela alta dos juros nos EUA. No encerramento do dia, a moeda subiu 2,53% e ficou cotada a R$ 5,38.

"O Ibovespa apresentou uma forte queda acompanhando o cenário estressado ao redor do mundo muito puxado pelo setor bancário" destaca Leonardo Neves, analista de renda variável da Blue3. "Como é um setor que tem um peso grande no índice, a Bolsa acaba sofrendo junto", complementa ele.

Itaú fechou com recuo de 1,80%; Bradesco, de 1,59%; Banco do Brasil, 4,62%. Santander fechou no azul com alta de 0,16%.

Commodities também influenciaram negativamente o comportamento do mercado, com queda do minério de ferro e também do petróleo, atingindo as gigantes do mercado, Vale e Petrobras, que também exercem forte influência no pregão.

As ações de Vale registraram queda de 0,83%, e Petrobras, de 1,60%.

Pelo mundo, os temores são grandes em relação ao aumento dos juros generalizado pelo mundo, e não apenas nos Estados Unidos, que poderá provocar uma recessão bem maior do que a esperada. Por isso, as bolsas americanas tiveram mais um dia fraco.

Dow Jones fechou com queda de 1,11%, S&P 500, 1,03%, e Nasdaq, 0,60%.

As bolsas asiáticas fecharam em forte queda pelo quarto dia consecutivo. Segundo Neves, o receio é o de que a alta de juros globais acabe levando a China pelo mesmo caminho, o que enfraqueceria a economia local. Até agora, o governo chinês tem procurado manter os estímulos econômicos.