Boletim Focus: projeção para a inflação em 2022 sobe de 5,50% para 5,56%
Já a taxa de juros deve se manter no patamar de 12,25% ao ano, segundo o documento do BC
A estimativa para a inflação em 2022 feita pelos economistas do mercado sofreu a sexta alta consecutiva no ano. De 5,50%, na semana anterior, os especialistas elevaram a projeção para o IPCA para 5,56%, segundo dados divulgados do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 21. Há um mês eram de 5,15%.
A perspectiva para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano vai ainda mais além do teto da meta da inflação, cujo centro é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5% ponto porcentual para baixo ou para cima.
Para 2023, a expectativa para a inflação se manteve inalterada, em 3,50% - acima do objetivo da meta do BC de 3,25%. Já para o ano seguinte, subiu de 3,04% para 3,09%.
Selic e PIB
A projeção para a Selic, taxa básica de juros, em 2022 ficou estacionada em 12,25% ao ano, ante 11,75% nas últimas quatro semanas. Para o próximo ano, os especialistas consultados pelo BC também permaneceram com sua aposta em 8,00% e elevaram o indicador de 7,25% para 7,38% para 2024.
Em relação ao crescimento do País neste ano, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano ficou no patamar de 0,30%, conforme o boletim anterior. Para 2023 e 2024 também não houve alterações: se mantiveram em 1,50% e 2,00%, respectivamente.
Câmbio e IGP-M
De acordo com os especialistas que participaram do Focus, a aposta para o câmbio em 2022 caiu de R$ 5,58 para R$ 5,50, ante R$ 5,60 há um mês. Sobre o ano seguinte, também houve ajuste para baixo: de R$ 5,45 recuou para R$ 5,36. E de R$ 5,32 para R$ 5,30 em 2024.
Considerado a inflação do aluguel, o IGP-M deve ser bem mais parrudo em 2022, na visão dos economistas. De 7,33%, a estimativa para o indicador saltou para 8,12%. Sobre 2023, o ajuste foi mais tímido: de 4,03% para 4,05%. E ficou estável em 4,00% para o ano subsequente.